Champions League Nem precisava de ser tanto, mas a goleada assenta bem neste Barcelona
'Blaugrana' atropelam Dortmund e têm pé e meio nas meias-finais. Do meio-campo incansável ao trio infernal dos catalães, passando pelo desperdício de Guirassy, tudo correu mal ao Borussia...
Nunca houve dúvidas, do primeiro ao último minuto e até antes do apito inicial, de quem era superior. Mas, provavelmente, não era preciso tanto: o Barcelona esmagou o Dortmund por 4-0 e está com pé e meio na UEFA Champions League.
Mas nem precisava de ser assim. Porque os alemães tiveram oportunidades. Frente à defesa subida dos blaugrana, imagem de marca da equipa e do treinador Hansi Flick, o conjunto de Niko Kovac explorou, com relativo sucesso na primeira parte, a velocidade de Adeyemi e de Gittens, bem como a criatividade de Brandt. Em duas ocasiões, Guirassy, goleador de serviço, podia ter finalizado a valer para os visitantes, mas nas duas errou a bola no momento do disparo.
Apenas em contra-golpe havia oportunidades para o Dortmund e, apesar de tudo isso, uma coisa foi, desde logo clara: o Barcelona era dono e senhor do jogo. De Yamal a Raphinha, no 1 para 1 e na ligação, com Lewandowski a dar apoio na construção e um meio-campo irrequieto e imprevisível de Pedri e Fermín López, suportado pela frieza, sobretudo com bola, de Frenkie de Jong, a teia estava montada e a presa bem tentava mexer-se. Foi de bola parada que Raphinha, já em cima da linha, desviou para o primeiro do Barcelona no Olímpico de Montjuic, mas, nessa altura, já Yamal e Lewandowski haviam dado trabalho a Kobel. A dificuldade era muita para o lado do Dortmund mas, em vantagem, o Barça pôde, na segunda parte, atacar em vertigem e com mais foco na transição rápida. E, aí, aquele tridente da frente... é letal.
Quando nem é preciso forçar, os golos chegam ainda mais naturalmente...
Da irreverência de Yamal, que se atreveu a cruzar para o segundo poste onde dificilmente Raphinha aparecia, à inteligência do brasileiro, que percebeu o posicionamento e o espaço, ao faro de golo de Lewandowski, que apareceu ao segundo poste para fazer o segundo. O trio sensação continua a dar que falar e a criar golos. E logo a seguir, foi outra vez Yamal a lançar Fermín, que permitiu a Lewandowski fazer o terceiro. Aos 66', se dúvidas havia, desapareceram. Porque o Barcelona era dominante no ataque mas, agora, sem permitir uma réplica do adversário. Já não era possível dizer que era a eficácia a fazer a diferença, porque não havia sequer espaço para que o Dortmund aparecesse na frente com perigo. Quando o Borussia finalmente conseguiu faturar — golo que não contou por fora de jogo — já a diferença era de quatro golos: Raphinha assistiu pela segunda vez e Yamal, com a biqueira da bota, fechou a contagem.
O extremo brasileiro continua uma caminhada sensacional que já chama pela Bola de Ouro: são 12 golos e sete assistências na UEFA Champions League. O meio-campo de Nmecha e Chukwuemeka não conseguiu, ao longo de todo o jogo, parar a magia de Pedri e a energia incessante de Fermín. Brandt ficou apagado, Guirassy, quando pôde, não faturou. Tudo correu mal ao Dortmund, mas pouco havia para correr bem comparado com este Barcelona. As meias-finais estão já ali, desde que o Barcelona não permita que o adversário se arme... em Barcelona: a última vez que os blaugrana estiveram a perder 0-4 na eliminatória foi há oito anos. Terminou com vitória por... 6-1.
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