— Que análise a esta derrota, a Lazio marcou momentos em momentos decisivos, no final da primeira e na segunda. Com que sensações sai daqui?— A sensação com que saio é de tremenda injustiça do resultado. Foi um jogo equilibrado na primeira parte, tivemos um lance claro do Fábio Vieira e recarga, que não me parece off-side. Tivemos um lance de transição e quando nada fazia prever sofremos o segundo. É importante olhar e não de forma pouco responsável com o que aconteceu, pois já tivemos o mesmo contra o Manchester United. Nada está acabado, temos quatro pontos, mas temos de crescer rapidamente em cima dos erros. É impossível maturar isto em treino, tem de ser em competição, perceber o momento do jogo, fazer leituras imediatas. Todos temos uma vontade enorme de ganhar, mas é preciso perceber a circunstância, o momento, e tomar boas decisões. Perdemos, fechou, está arrumado. A agonia vai durar umas horas, mas há que atacar o jogo seguinte, que é importantíssimo e é para ganhar. — Em que medida esta derrota pode deixar mossa? Como vai gerir o físico?— A mossa que fica é a de quem perde um jogo e não está habituado. Tem de durar pouco. Pode durar até amanhã, depois vamos preparar o Benfica, já em solo italiano. Temos de atalhar o caminho para atacar o jogo. Muita análise ao Benfica e atacar o jogo como deve ser. Fomos a única equipa em Portugal a ter três ciclos de jogar ao terceiro dia. Ainda por cima fora de casa, mas é a nossa vida. Não nos escudamos em nada, temos de ir a jogo de corpo inteiro. É para quem vai com alma e é o traço do FC Porto. Crescer na dificuldade e dar uma resposta muito forte na Luz. Sei a revolta que vai ali dentro do balneário, pelo resultado e pelo que foi acontecendo no jogo. Está à vista de toda a gente. Temos de olhar para os erros e não passar por eles de forma irresponsável. — Faltou alguma matreirice para suster os momentos da Lazio nos golos? Como ficam agora as contas?— As contas são claras, temos quatro pontos à quarta jornada. Temos mais quatro jogos, tudo em aberto. Temos de olhar para um jogo de cada vez. Quando retomarmos esta prova, olharemos para a situação. Há equipas que podem cair e estão agora em lugar de qualificação. Este formato obriga à perfeição. O objetivo é ganhar todos os jogos em que participamos. Em relação à matreirice, já aconteceu no passado e hoje voltou a acontecer. É preciso perceber o que o jogo está a pedir. Se calhar foi o espírito de conquista que tivemos que nos atraiçoou. Naquele momento, era preciso ficar com a bola, talvez. Serenar, estabilizar um pouco para depois atacar da mesma forma. Quisemos ser ambiciosos e fomos traídos por isso. No próximo domingo, vamos querer muito ganhar na Luz.
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