Já há reação da FPF após reunião de emergência desta manhã
A Fedaração Portuguesa de Futebol (FPF) emitiu um comunicado a dar conta das conclusões da reunião de emergência realizada esta manhã na Cidade do Futebol, em resposta à posição de Fernando Gomes, atual presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP).
O organismo presidido por Pedro Proença considera que «a tomada de posição por parte do Presidente do Comité Olímpico de Portugal, informando as 55 Federações que constituem o caderno eleitoral da UEFA de que não apoiará a candidatura nacional que, repita-se, o próprio propôs e formalizou em fevereiro», põe em causa «o interesse nacional».
PP tomou posse como presidente da FPF a 24 de fevereiro. FG diz agora que o seu sucessor escolheu destruir o legado dos últimos 13 anos da FPF. Bom, ou o ego de PP quer mesmo destruir o que FG construiu ou o ego de FG acha que PP quer destruir o que ele construiu na FPF
Isto ao mesmo tempo que «eleição do candidato nacional neste processo eleitoral fica seriamente comprometida pelo impacto que a posição assumida pelo Senhor Presidente do Comité Olímpico de Portugal infligiu na credibilidade das mais relevantes instituições desportivas nacionais, que dificilmente será reversível em tempo útil».
Leões e dragões divulgaram comunicado, tal como o Arouca, SC Braga e Famalicão
Assim, decidiu a FPF «pedir audiência com caráter de urgência ao Governo para avaliação dos impactos face aos compromissos assumidos, nomeadamente, a candidatura à organização do Europeu Feminino 2029 e a organização do Campeonato do Mundo 2030» e enviar «uma exposição ao Conselho de Ética do COP para avaliação da atuação do Presidente do Comité Olímpico de Portugal».
O comunicado da FPF na íntegra
O Futebol Português vive momentos absolutamente vitais para o seu futuro, com as eleições para o Comité Executivo da UEFA, marcadas para o dia 3 de abril.
A importância de ter um representante português neste órgão, por todos reconhecida, tendo em conta os diversos projetos que se avizinham, nomeadamente a candidatura à organização do Campeonato da Europa Feminino em 2029 e a organização conjunta com Espanha e Marrocos do Campeonato do Mundo, não pode ser colocada em causa. Deve, antes, ser promovida e defendida por todos os agentes e entidades do Desporto Português.
A FPF empenhou-se de forma ativa e comprometida nesta eleição, depositando neste processo todas as energias dos recursos envolvidos e com real perspetiva de sucesso, após a formalização do nome de Pedro Proença como candidato a este cargo, ainda na vigência do mandato da anterior Direção.
O país viu-se confrontado, contudo, com uma tomada de posição por parte do Presidente do Comité Olímpico de Portugal, informando as 55 Federações que constituem o caderno eleitoral da UEFA de que não apoiará a candidatura nacional que, repita-se, o próprio propôs e formalizou em fevereiro.
Neste contexto, o interesse nacional e a própria eleição do candidato nacional neste processo eleitoral fica seriamente comprometida pelo impacto que a posição assumida pelo Senhor Presidente do Comité Olímpico de Portugal infligiu na credibilidade das mais relevantes instituições desportivas nacionais, que dificilmente será reversível em tempo útil.
Perante o exposto, em reunião convocada com caráter de urgência, a Direção da Federação Portuguesa de Futebol decidiu: - Registar com apreço as manifestações públicas de apoio dos diversos agentes do Futebol Português, num sinal da agregação em torno do projeto apresentado e sufragado por esta Direção, unindo o Futebol Português. - Pedir audiência com caráter de urgência ao Governo para avaliação dos impactos face aos compromissos assumidos, nomeadamente, a candidatura à organização do Europeu Feminino 2029 e a organização do Campeonato do Mundo 2030; - Enviar uma exposição ao Conselho de Ética do COP para avaliação da atuação do Presidente do Comité Olímpico de Portugal.
Não obstante ser claro para o país desportivo que a representação nacional no Comité Executivo da UEFA pode estar claramente em causa, a Federação Portuguesa de Futebol mantém ativos os esforços para conseguir atingir o objetivo inicial.
Neste momento, confrontados com desafios absolutamente determinantes para o futuro do Futebol Português, a FPF reafirma o seu compromisso com a estabilidade, lutando sempre de forma transparente pelos interesses de Portugal no contexto internacional e pugnando pelas boas relações com todas as instituições relevantes no universo desportivo, estando esta Direção ciente de que tudo aquilo que tem feito deste que tomou posse é cumprir o Plano Programático que apresentou, focada apenas no futuro e nunca colocando em causa o legado da Federação Portuguesa de Futebol.