Francisco Alves Rito está focado na recuperação financeira dos sadinos
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ENTREVISTA A BOLA Eleições no V. Setúbal: «Não somos revolução, mas fator de estabilidade»

NACIONAL13.03.202510:30

Francisco Alves Rito, candidato pela lista A, tem as ideias bem definidas quanto ao futuro dos sadinos, que passa pela recuperação financeira

O Vitória de Setúbal vai a eleições já esta sexta-feira, onde os sócios podem votar entre as 10h e as 22h no Pavilhão Antoine Velge, e por isso mesmo, A BOLA recebeu os dois candidatos à presidência do clube sadino: Francisco Alves Rito (lista A) e Fernando Belo (lista B).

Francisco Alves Rito é jornalista de profissão e determinado em dar uma nova estabilidade ao V. Setúbal. No debate aceso com Fernando Belo, acusou o adversário de se focar apenas no futebol e até levantou o nome do antigo dirigente Paulo Grencho...

— Quais são as principais ideias da Lista A para o futuro do V. Setúbal?

— Temos de tratar da recuperação financeira do clube, porque o Vitória de Setúbal continua a ter uma dívida de milhões de euros. Queremos passar a mensagem de que não somos uma revolução, mas sim um fator de estabilidade. O V. Setúbal precisa de perceber que tem de aproximar mais a cidade e conquistar os setubalenses, para conseguir mais apoios, sócios, patrocínios e melhorar a sua receita corrente. Esta não é uma lista de continuidade [Francisco Rito faz parte da atual comissão de gestão] e nós queremos romper com muita coisa que foi feita no clube, desde logo com aquelas que parece que o engenheiro Fernando Belo quer trazer de volta, como a preocupação exclusiva no futebol. A lista A percebe a gravidade da situação do clube e o futebol vem em segundo lugar. Todos os vitorianos acreditam que Paulo Grencho [antigo diretor desportivo] está com a lista B. O senhor Paulo Grencho penhorou as receitas de televisão do V. Setúbal e recebeu cerca de 500 mil euros. Recentemente, penhorou os dois autocarros do clube, que ficou sem transporte para os atletas.

Francisco Alves Rito e Fernando Belo estiveram em debate nos estúdios de A BOLA TV
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— Como fazer face ao risco de insolvência, sabendo que o clube tem €9.5 milhões de dívidas?

­— O risco de insolvência existe porque quando o PIR [Plano de Insolvência e Recuperação] continuar, o clube tem de cumprir as suas obrigações e enquanto cumprir está salvaguardado e está na melhor situação de sempre, porque tem toda a dívida num plano que lhe permite pagar em 150 meses, como tem também património que vai muito além da dívida nesse passivo. O Vitória tem um património imobiliário muito superior a 50 milhões de euros e não está falido.

— Quais são as promessas para o regresso ao principal escalão do futebol luso?

— O plano para a próxima época é preparar um plantel para competir como se já estivéssemos no Campeonato de Portugal. A nossa estratégia é trabalhar como se estivéssemos no escalão acima.

— E quanto às modalidades?

— As modalidades são como a menina dos nossos olhos. A nossa primeira preocupação é garantir que o clube cumpra as suas obrigações enquanto entidade pública, que é ser uma promotora do desporto no Concelho de Setúbal.

— Um último apelo aos adeptos que vão às urnas?

Peço aos sócios que vejam a confiança que podem receber de uma lista e de outra. Penso que as diferenças estão à vista de todos.