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E. Amadora-Sporting, 0-3 Dos elogios a Quenda e Debast aos votos de desejo que seja campeão: tudo o que disse Rui Borges

NACIONAL29.03.202521:04

Treinador do Sporting satisfeito por mais três pontos, conquistados num campo difícil, em que o apoio de adeptos, lesionados e não convocados foi fulcral

– Já disse várias vezes que nem sempre é possível jogar bonito e que é importante é a equipa ser competente. Hoje o Rui Silva não fez uma defesa.
 
– Sim, controlámos o jogo do início ao fim, tanto onze contra onze, onze contra dez, onze contra nove. Podíamos ter chegado ao golo logos nos primeiros lances, o Estrela foi adormecendo um nocado o jogo, fomos caíndo de intensidade, fomos mais lentos a fazer a bola andar. Depois, com linhas mais baixas e com a outra equipa com dez tornou-se mais dificil, mas ainda provocámos muitas situações de dois para um, três para dois, mas estávamos muito lentos. Ao intervalo explicámos que a bola tinha de chegar mais rápido, conseguimos desbloquear o jogo com 1-0, podíamos logo ter feito o segundo, fomos criando oportunidades e, de forma natural, aconteceram os golos num campo difícil, frente a uma equipa competitiva, a jogar em casa, mas que conseguimos puxar o ambiente para o nosso lado e isso até se sentiu do lado do Estrela, fizeram-nos sentir que estávamos a jogar em casa, mostraram que estão connosco, independentemente de tudo, e isso é muito importmate para a equipa, sentir essa energia de fora para dentro.

– A equipa esteve em vantagem numérica desde o minuto 34, o segundo golo só apareceu aos 81´, é sinal de alguma dificuldade em encontrar contra equipas de blocos mais baixos?
 
– Criámos várias situações no último terço, mas não as fomos conseguindo finalizar. Mas, estou tranquilo nesse aspeto, era importante a equipa estar mais concentrada nas transições, sabíamos que o Estrela ia tentar o golo em lances de livre, longe da baliza, mas fomos controlando esses aspetos todos, e se o golo aos 81 minutos não sofre contestação os 3-0.  

– Foram visíveis algumas dificuldades em encontrar espaços no último terço. Como foi alterando a estratégia da equipa para reverter isso?  

– Os últimos quinze minutos da primeira parte estivemos muito presos, a bola muito parada e isso não pode acontecer com bloco baixos, contra uma equipa muito competitiva, a bola basculada, foi o que tentámos corrigir ao intervalo, com o Quenda na direita, bloco baixo, precisávamos de largura e quando ganhássemos segundos nos corredores aproveitar. O Geny [Catamo] também nos dá a possibilidade de sair em aceleração, fez um grande jogo. Depois do 1-0 fomos criando oportunidades, até empurrar o Estrela ao fundo e aproveitar os corredores e os jogadores fizeram isso muito bem.  

– O Sporting fez apenas três remates na primeira parte, é o menos positivo que tira deste jogo? Quenda e Geny Catamo têm outra acutilância quando estão nas alas, é o futuro da sua estratégia?  

– Percebo o que dizem, mas vocês que gostam de estatísticas, comparando as do Geny e do Fesneda, que tem três golos, o Catamo tem dois. O Quenda dá-nos umas coisas o Fresneda outras. Quanto aos remates, é normal. As equipas cada vez são mais competitivas e cada vez vai ser mais difícil ganhar jogos. Olho para o coletivo, e para o que cada um dá de forma individual. O Quenda para mim está mais jogador, percebe o que faz por fora e agora o que pode fazer por dentro, à esquerda e à direita, por isso é que foi vendido. O Zeno [Debast] está muito mais competitivo a médio e, nalguns momentos, não vai deixar de jogar na defesa. Esse crescimento é que a mim me importa. Estavam aqui todos e isso é que me faz feliz, os lesionados e os não convodados, estamos todos para o mesmo e para ajudar. A equipa está mais energética e competitiva e isso sente-se. Apesar de todas as dificuldades e pedinhas no caminhos desde que chegámos, temos sabido controlar e isso deixa-me muito feliz. Está tudo a querer dar o seu máximo.  

Biel esteve pouco em campo, qual é a ideia que tem para ele?  

– Ele joga com a equipa todos os dias. São opções do treinador e ele respeita-as, tem trabalhado imenso naquilo que tem de melhorar, esta fase está a passar por outros jogadores. Tirei o Esgaio depois de ter feito dois grandes jogos, mas estão todos cientes de que têm de dar o seu máximo.  

– Nestes últimos jogos algum adversário ja lhe desejou que seja campeão, à semelhança do que ontem se assistiu com o Benfica [César Peixoto a falar para Bruno Lage]?  

– Estou mais focado no que posso controlar, é a opinião de cada um e temos de respeitar. Mas, acho que nenhum me disse isso [risos], mas preocupamo-nos connosco e não com o resto. O apoio dos adeptos que tivemos hoje foi fenomenal.

– Aquando da saída de Miguel Lopes, Debast foi ao banco perguntar a um adjunto qual o pé mais forte do Pantalon. Como encara essa vontade do jogador? É um líder dentro de campo?

– Demonstra bem porque é que é titular no clube e na sua seleção, mesmo com apenas 20 anos. É um miúdo focadíssimo em todos os pormenores e aspetos, pergunta tudo e mais alguma coisa, quer estar o máximo ligado ao jogo e vê-se o crescimento dele não só como jogador como na confiança e no que dá aos jogos, está muito mais dinâmico no meio-campo, sente-se bem ali e gosta de jogar no miolo.