Eduardo Quaresma — Em ritmo um pouco mais lento do que os restantes colegas, diga-se, teve algumas falhas que, mesmo em fase de pré-época, já não são permitidas. Literalmente ficou a dormir no segundo golo dos belgas, aos 88 minutos, quando já só esperava pelo apito final. Diomande — Um passe de risco (11'), resolvido por Nuno Santos; um ou outro desacerto ou tomada de decisão mais demorada na origem de algum aperto, mas sem grandes prejuízos. Confortável na posição, é certo, mas talvez tenha sentido a falta da voz de comando do (ex-) capitão Coates... No lance do segundo golo, já perto do final, viu Quaresma deixar passar o adversário e já não teve rins para o ri buscar. Algum cansaço após dias de treino intenso que têm sido estes no Barlavento Algarvio, onde a equipa cumpre estágio desde o passado sábado. Matheus Reis — Não teve problemas em solicitar Kovacevic algumas vezes e, diga-se, podem não falar a mesma língua, mas não se entenderam nada mal! Num terreno que lhe é familiar, faltou, talvez, lançar mais Nuno Santos e fazer a bola chegar a Pedro Gonçalves. Afinações que são mesmo para ser feitas nestes jogos de preparação para quando for a doer a máquina já estar bem oleada. Geny Catamo — A fletir da ala para o centro, como tanto gosta, disferiu uma bomba aos 44', mas Moris estava atento e desviou a bola para canto. Depois passou a andou um pouco escondido no jogo, o que lhe valeu reparo por parte de Amorim, enquanto a equipa festejava o segundo golo. Já em tempo de compensação, teve forças para ultrapassar dois adversários, fletir para dentro e tentar o remate, mas a bola passou por cima do travessão. Mateus Fernandes — Está com sangue na guelra. Foi ganhando confiança à medida que o jogo avançava, teve alguns roubos de bola e subiu uns furos na segunda parte. Fez uma bela dupla para Morita (capaz de tirar algumas horas de sono a Amorim, que passa a ter quarteto de luxo para o miolo, com o camisola 28 a juntar-se ao japonês, Hjulmand e Daniel Bragança). Excelente movimentação a antecipar-se a dois adversário, sempre de cabeça levantada, cruzando forte, com o peito do pé, — execução difícil — para Pedro Gonçalves assinar o segundo. Morita — Muitas vezes integrou-se entre os centrais e também apareceu algumas vezes em zona adiantada, tal como no lance aos 37', na sequência de um pontapé de canto cobrado por Pedro Gonçalves (o homem das bolas paradas), a cabecear com perigo. Aos 43', de cabeça, esteve perto do golo, depois envolveu-se no lance que valeu o primeiro tento, ao segundo poste, onde serviu o jovem Nel. Menos bem em dois lances: aos 57, permitindo remate de Puertas, à entrada da área, para resposta positiva do guardião bósnio; e depois quando os belgas reduziram, com Sadik, na zona frontal, a tirar o médio do caminho, e, de pé esquerdo, a lançar a bola fora do alcance de Kovacevic. Pedro Gonçalves —Coube-lhe o primeiro remate com perigo (24'), com a bola a morrer nas pernas da muralha defensiva dos belgas; no segundo golo recebeu com pé esquerdo e rematou com o direito, ludibriando o guarda-redes, a qualidade que se lhe reconhece. É um dos jogadores que deixa transparecer algum cansaço, ombros descaídos, passada mais lenta, mas os retoques de classe estão lá. Samuel Justo — O médio foi o único dos suplentes a saltar para o retângulo de jogo. Entrou a quatro minutos do apito final, para o ataque, sinal da polivalência que lhe é reconhecida. Pediu a bola várias vezes, mostrou-se em linha de passe outras tantas, foi à defesa buscar jogo, mas não teve tempo para poder ensaiar qualquer remate à baliza. Deixou boa imagem.