Destaques do Sporting: Bragança de peito feito e pé quente como Paulinho

Médio apareceu em grande quando o Sporting se prepara para perder Morita a caminho da seleção do Japão; golo acrobático e assistência para o avançado marcar de pé direito

6 Israel — Espectador atento na primeira parte, só aos 42’ foi chamado a intervir, a punhos, a impor respeito e a sacudir o perigo. Com mais trabalho (ainda assim pouco) na segunda parte. Sem culpa no golo e seguro nos remates do Tondela que foram à baliza.

6 Neto — Importunado a sério só aos 40’, com bom corte, e aos 45’ travou Luan Farias em falta e viu amarelo — porém cortou o mal pela raiz. Sem Coates em campo usou a braçadeira.

6 Gonçalo Inácio — Dada a ausência do lesionado capitão Coates, assumiu o lugar mais ao centro da defesa. Comandou bem o trio e ainda lançou a equipa para a frente.

4 Matheus Reis — Sem trabalho defensivo para ter em conta, subiu no terreno e amiúde com perigo, como no lance do 2-0, em que esteve no início da jogada. Só aos 41’ teve de assumir o papel de defesa, com um bom corte. Borrou porém a pintura com má abordagem no lance do golo do Tondela, em que deixou a bola passar-lhe por cima para Hélder Tavares finalizar.

5 Esgaio — Não foi pela ala direita que os leões mais se atreveram mas também não teve de se preocupar muito com investidas tondelenses.

6 Hjulmand — Cada vez mais pêndulo do meio-campo, o jogo muito por ele passa. Sabe segurar a bola e soltá-la no momento certo, como na jogada do 1-0 em que teve papel ativo. Está feito um senhor jogador, que não sabe jogar mal e se transforma num bom médio de equipa mais pequena num excelente jogador de equipa grande.

6 Nuno Santos — Pela esquerda combinou bastante com Pedro Gonçalves, que muitas vezes aparecia em zona mais exterior, permitindo incursões interiores ao ala, que aos 12’ tentou a sorte de longe, mas com a bola sair ao lado. E foi em terrenos interiores que assistiu Bragança para o primeiro golo do jogo. Na segunda parte, como toda a equipa, tirou um pouco pé do acelerador, ainda assim teve golo na ponta do pé aos 83’ — ao lado.

5 Trincão — Iniciou a jogada do 1-0, combinando com Daniel Bragança. Ameaçou estar mais ativo do que nos tem habituado, teve incursão na área, pela direita, aos 40’ e foram precisos três jogadores do Tondela para o travar — ainda reclamou penálti. Mas foi perdendo gás e sobretudo definição na hora do um para um e da finalização. E por isso perdeu golo aos 79’.

7 Paulinho — Na primeira vez que tocou na bola, aos 5’, levou o perigo à barra, foi de cabeça e na sequência de um canto. Na jogada do 1-0 foi determinante no apoio e a colocar para o assistente Nuno Santos. No 2-0 combinou bem com Bragança e de pé direito rematou forte e colocado junto ao poste esquerdo da baliza de Ricardo, grande golo! Pena o falhanço de cabeça, aos 37’, na cara de Ricardo. Na segunda parte continuou com o pé quente, como aos 66’ num remate fortíssimo de fora da área que só não deu golo porque Ricardo defendeu. Faltou pouco para o pé ficar a escaldar. E ainda ofereceu golo a Nuno Santos (83’), que atirou ao lado.

6 Pedro Gonçalves — Aos 5’ bateu da direita o canto teleguiado para a cabeça de Paulinho, que atirou à trave. Aos 32’, em zona interior pela esquerda teve visão no lance que levaria ao 2-0. E aos 37’ ofereceu o 3-0 a Paulinho, que de cabeça permitiu defesa a Ricardo. Boa gestão da ala esquerda com Nuno Santos.

6 Edwards — Rendeu Pedro Gonçalves e desta vez assumiu lugar à esquerda. Mexeu como o jogo quando o leão tirava o pé do acelerador.

6 Essugo — Excelente entrada do jovem médio, que subiu no terreno aos 65’ e ofereceu boa bola a Trincão. Quatro minutos depois esteve perto de marcar de cabeça. Não deu bola por perdida e cortou os lances pela raiz.

5 Eduardo Quaresma — Ainda com a memorável exibição no clássico como pano de fundo, entrou aos 63’ e sem grande trabalho pela frente. Ainda complicou num lance mas remediou bem. 

— Afonso Moreira — Assumiu a ala esquerda aos 85’.

— Geny Catamo — Também aos 85’ assumiu a direita.