Destaques do Benfica: Foi salve-se quem puder e quase nada se salvou
Rafa durante o Real Sociedad-Benfica. Foto: Miguel Nunes/ASF

Destaques do Benfica: Foi salve-se quem puder e quase nada se salvou

NACIONAL08.11.202321:32

Rafa marcou o golo e mostrou que, apesar de tudo, a Champions é para ele. Jurásek entrou ainda na primeira parte e teve impacto positivo na equipa. O resto foi mesmo tudo negativo

Destaque do Benfica - Rafa (5)

Foi protagonista da primeira saída rápida da equipa para o ataque, depois de se libertar da pressão. Somou um remate ao lado aos 26’ na pequena área, serviu Arthur Cabral aos 38’ na área, rematou perto do final da primeira parte por cima da barra, aos 45+3’ conduziu mais um ataque rápido. E, na segunda parte, teve uma finalização à ponta de lança, antecipando-se aos defesas. Foi de longe, mesmo sem brilho, o melhor, aquele que ainda teve alguma capacidade de causar perigo, aquele em que os benfiquistas ainda puderam depositar um pingo de esperança, se alguém a tivesse. E aquele que, apesar de tudo, mostrou que a Champions é para ele.

Trubin (2) - Pouco mais podia fazer nos golos, mas cometeu erros importantes, como numa saída da área em que deixou as bolas nos pés de Kubo e num ataque falhado à bola num centro.

António Silva (2) - O pesadelo começou nele. Ficou pregado ao relvado, com o braço no ar a pedir fora de jogo e deixou Merino em jogo, para fazer o primeiro. Corte importante aos 23’ sobre Oyarzabal.

Otamendi (1) -Um desastre. Permitiu que Oyarzabal se isolasse, no lance do segundo golo, assistido por Florentino. Cometeu, pouco depois, penálti sobre Oyarzabal. Aos 33 cabeceou sem perigo após um canto. Assistiu à Di María Rafa no golo. Remate aos 59 para defesa de Remiro. Melhor na segunda parte.

Morato (4) - Aos 19’ deixou escapar Kubo. Imagem devastadora. Aos 36’ salvou Trubin de passar vergonha, quando controlou o japonês depois de má saída da baliza do ucraniano. Mesmo assim dos mais equilibrados da equipa. Corte decisivo aos 62’ sobre Oyarzabal que estava para marcar o quarto.

João Mário (2) - Aos 4’ rematou, à entrada da área, ao lado do poste esquerdo. Pouco mais de significativo a atacar. Andou sempre atrás da bola a defender, a ver Méndez e Zubeldia a jogar, a tentar fechar também o corredor esquerdo. A tentar.

João Neves (2) - Não é jogador com as características para desempenhar as novas funções. E pagou caro por isso. No terceiro golo foi espectador na primeira fila do gesto magnífico de Barrenetxea: estava a fechar por dentro, acorreu ao extremo só para vê-lo marcar. Também deixou sair o cruzamento sem oposição no lance do penálti cometido por Otamendi. Aos 31 minutos, foi para o centro do meio-campo, só para se desgastar em missão impossível.

Florentino (2) - Deixou escapar Merino nas costas no primeiro golo, no segundo também tem culpa no passe sem força para Otamendi que Oyarzabal aproveitou. Não exerceu pressão, deixou os médios da Real à vontadinha, mas também por ter muita área para cobrir, sem apoio. Saiu aos 31’.

Aursnes (2) - Aos 8’, numa arrancada ofensiva, num desespero, perdeu a bola na linha de fundo. O jogo dele não está feito para aquilo. Nem para marcar Kubo, que lhe fugiu numa diagonal que acabou no terceiro golo basco. Aos 31’ mudou para lateral-direito, mas pouco depois estava em apuros ao não controlar Muñoz.

Di María (1) - Talvez tenha sido o campeão do mundo que esteve em San Sebastián. Talvez tenha sido dele um lance individual aos 13 segundos e um remate fraco aos 9’ quando tinha Rafa em boa posição para criar perigo. Não parecia, mas talvez tenha sido. E talvez tenha tocado mais vezes na bola.

Arthur Cabral (2) - Presa fácil dos centrais, chegou-lhe pouco jogo e só uma vez teve intervenção positiva, quando tocou a bola para Otamendi assistir Rafa para o golo. Não conseguiu pressionar os defesas, nem foi referência de ataque. Aos 26’, arrancou com espaço e cruzou para Rafa. Saiu aos 64’.

Jurásek (5) - Entrou aos 31’, aos 37’ já tinha ensaiado dois cruzamentos, ambos cortados. Está no lance do golo, apareceu à entrada da área com a bola, que sobrou para Arthur Cabral. Foi mais extremo que defesa, puxou muito pelo físico. E ainda foi dar luta a Kubo um par de vezes.

Musa (2) - Entrou aos 64’ e participou, sem sucesso, no primeiro lance de ataque aos 80’. Dois minutos depois, coberto por três adversários, também perdeu a bola.

Guedes (-) - Entrou aos 86’ e três minutos depois quase se isolou após passe de Tengsted. Ainda não tem capacidade física para as explosões que o caracterizam. Aos 90’, perdeu a bola depois de iniciativa na esquerda.

Chiquinho (-) - Também lançado aos 86’, foi jogar ao lado de João Neves. Só isso.

Tengstedt (-) - Dois minutos depois de ter entrado estava junto à bandeirola de canto a ajudar a defesa. Excelente passe a isolar Guedes.

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