FC Porto-Al Ahly, 4-4 Deceção total consumada em noite de loucura... (crónica)

NACIONAL24.06.202505:00

Montanha-russa de emoções num jogo impróprio para cardíacos confirma campanha desastrosa dos azuis e brancos, que escapam (por pouco) ao último lugar do grupo. Defesa praticamente não existiu...

NOVA JÉRSIA - A crónica de uma morte (praticamente) anunciada começa pelo fim: o FC Porto está fora do Mundial de Clubes e despede-se da prova após uma campanha internacional (quase) sem precedentes na história do clube, pelos piores motivos.

O percurso dos azuis e brancos na competição da FIFA fecha com um sabor amargo, sobretudo porque a expectativa era alta. Assegurar um bilhete para os oitavos de final era o mínimo exigido à equipa de Anselmi, como Villas-Boas havia frisado. Não foi apenas pelo facto de o objetivo ter saído gorado, mas a forma como a equipa se apresentou nos Estados Unidos deixou (muito) a desejar, depois de uma temporada já bem abaixo do esperado nas provas internas.

Quanto ao jogo, o que dizer? Uma avalanche ofensiva de início ao fim contrastou com uma displicência defensiva raramente vista em encontros deste nível...

Entrada em falso

A turma egípcia entrou determinada e desde cedo foi notória a sede de vitória. Afinal, apenas o triunfo interessava aos comandados de José Riveiro, mas, tal como os dragões, era preciso torcer por um resultado favorável no Inter Miami-Palmeiras.

Nesse sentido, e com Trézéguet a trocar as voltas à ala direita portista, o Al Ahly colocou-se em vantagem por intermédio do goleador Ali. As transições a alta velocidade dos africanos iam baralhando a defesa azul e branca, desta vez composta por quatro elementos, mas a resposta não tardou a chegar.

Rodrigo Mora (quem mais?) desenhou um lance brilhante, que terminou com o guarda-redes sentado no relvado e a bola no fundo da baliza.

Com a balança (de novo) equilibrada, o FC Porto procurou o segundo, mas os minutos finais do primeiro tempo foram dos egípcios. Fábio Vieira foi imprudente na área e ofereceu de bandeja uma oportunidade de ouro ao Al Ahly, que Ali não desperdiçou.

Do outro lado, em Miami, o Inter ia cumprindo a sua tarefa, o que tornava o resultado dos dragões (ainda) mais doloroso.

Sem tempo para respirar

Um arranque a todo o gás na etapa complementar presenteou os adeptos com mais dois golos: um para cada lado. William Gomes, um dos melhores do dragão, voltou a restabelecer a igualdade, mas o inevitável Ali completou o hat trick perfeito aos 51'.

Sem nunca baixar os braços, o FC Porto alcançou mais uma vez o empate, graças a um tento de Samu. O problema? Onze minutos depois, Ben Romdhane fez o 4-3.

Parecia um videojogo, mas estava mesmo a acontecer o impensável no relvado do MetLife. Por esta altura, o público egípcio estava empolgado, porque o Palmeiras chegava ao empate frente ao Inter. Porém, Pepê acabou com as ténues esperanças dos africanos com um golo de belo efeito e fechou as contas perto do fim.

4-4, emoções ao rubro e uma noite de São João em que valeu a pena ficar acordado, mas os portistas não evitaram a deceção.

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