Bernardo joga no Sporting com o irmão gémeo e, claro, são muitas as histórias em que já lhe trocaram as identidades
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ENTREVISTA A BOLA «Até na família nos confundem. Já dei autógrafos com o nome do Tomás»

FUTSAL04.04.202510:02

Bernardo Paçó chegou ao Sporting em 2011, ao mesmo tempo que o seu irmão gémeo, Tomás e as histórias de troca de identidade são infindáveis...

- De certo que algum adepto mais distraído ou desatento durante algum jogo já deve ter pensado 'mas ele estava a defender e agora está a atacar'? Já o confundiram muitas vezes com o seu irmão gémeo Tomás?  

- Isso já aconteceu muitas vezes [risos]. Lembro-me, curiosamente, num jogo em que estávamos a perder, na época passada, com o SC Braga, e o Tomás estava com a camisola de guarda-redes avançado e marcou um golo de 5x4. No fim do jogo toda a gente estava a dar-me os parabéns pelo golo, porque pensavam que tinha sido eu a marcar e foi algo engraçado. Fora do contexto do futsal acontece muitas vezes, até com a minha família [risos]. Por vezes pedem-me para tirar fotografias e dar autógrafos a pensarem que sou o Tomás e assino com o nome do Tomás [risos].

- Dentro do próprio clube, com colegas ou treinadores, já os confundiram?

- Até porque a minha família acontece, por isso dentro do clube é normal. Mas agora os meus companheiros já muitos sabem distinguir facilmente, até pela voz, alguns mais velhos que já relacionam-se conosco há muito tempo. Já não há qualquer dúvida.

Os gémeos Paçó: Bernardo e Tomás

- Já falou na sua família. É numero e sportinguista dos sete costados. Dificilmente o seu clube seria outro?

- Assim de cabeça não me lembro de alguém que não seja do Sporting. Por isso seria muito difícil, porque este ADN que me passaram desde pequenino foi sempre a ir ver os jogos do Sporting, a amar este clube, a mostrar que o verde e branco realmente era o melhor e tinha outros valores e outra personalidade. E na minha cabeça sempre fui o leão, por isso não... E a minha família, tanto o meu pai, a minha mãe, a minha irmã, que foi das que me impulsionou mais a ser do Sporting.

Bernardo Paçó joga de leão ao peito há 14 anos, mas desde sempre que se lembra de torcer pelo clube verde e branco e contou a A BOLA porquê
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É importante dizer que tive uma família que sempre me deu muito apoio para fazer o que quisesse. Não só a nuclear, mas tios e primos. Sempre compreenderam tudo o que eu sacrifiquei para ser hoje o que sou e sempre me ajudaraM

- É frequente vê-lo a si e ao seu irmão a vibrarem nas bancadas de Alvalade.

- Fomos habituados a ir ao estádio desde pequenos. Tanto no futebol como nas modalidades, sempre acompanhei muito e sempre fui aos jogos. Sinto que tenho de ter outros cuidados por ser jogador, mas não consigo não ir ver o jogo, por vezes, ao pé dos adeptos nas bancadas normais, tanto nos jogos fora como em casa, é algo que me enche mesmo, que me torna mais feliz. E sabe muito bem estar entre a família Sporting, entre os adeptos, é das coisas que me deixam feliz, é ir ver jogos do Sporting, tanto de modalidades como de futebol. Acho que é um ambiente lindo e toda a gente devia experimentar.

- E sobre as conexões telepáticas entre gémeos. É mito ou acontece convosco?

- Acontece muito, realmente é estranho, parece que é invenção, mas acontece muito. Temos muitas histórias... Lembro-me de uma vez, já não me recordo qual era a música, estávamos a chegar a casa e eu e o meu irmão saímos do carro e começamos a cantar a mesma música, ao mesmo tempo, exatamente na mesma parte e a nem sequer tinha dado na rádio. Outro exemplo, um amigo dizer alguma coisa ao meu irmão e depois a mim, em contextos diferentes e em separado, e nós respondermos exatamente o mesmo.

- Quer deixar aqui umas palavras à mãe Cristina, ao pai Amadeu e à irmã mais velha, Carolina?

- É importante dizer que tive uma família que sempre me deu muito apoio para fazer o que quisesse. Não só a nuclear, mas tios e primos. Sempre compreenderam tudo o que eu sacrifiquei para ser hoje o que sou e sempre me ajudaram. Às vezes é difícil dizer-lhes isto diretamente, por isso realço aqui a importância que tiveram no meu desenvolvimento, e do meu irmão, e os sacrifícios que também fizeram para nos ajudarem a estarmos onde estamos hoje.

DESAFIO DE RESPOSTAS RÁPIDAS

- Maior frango sofrido?

- [Risos] Não digo que seja um frango, mas uma falha. Este ano marquei um autogolo muito caricato, está dentro do top 1 de erros que cometi, foi um passe para trás e marquei um autogolo.

- Quantas vezes já reviu o lance?

- Imensas, muitas, muitas... E não foi porque eu quisesse, mas obrigaram-me [risos].

- A melhor defesa?

- Tenho algumas se que gostei. Vou dizer a defesa agora na Taça da Liga frente ao Arthur e outra defesa que faço numa altura em que substitui o Guitta, numa Ronda de Elite, contra o Yekaterinburg, que é um ressalto dentro da área, tinha acabado de entrar e tiro a bola mesmo em cima da linha.

- Quem é o adversário com remate mais difícil de defender?

- Digo o Arthur e posso meter também o André Coelho [ambos jogadores do Benfica].

- Quem é o seu melhor amigo?

- O meu irmão, sem dúvida.

- Uma série ou um filme preferido?

- Uma série: Vikings.

- Música/artista/banda preferida?

- Dillaz e ProfJam, mais ProfJam agora, e a música de que mais gosto é a 'Sábado'. 

- Prato preferido?


- Muitos, muitos, muitos [risos]. Tenho uma avó que cozinha muito bem e há muitas coisas que gosto dela, mas acho que o ensopado de borrego é o meu preferido.

- Levezinho...

- [Risos] Sim, não posso comer antes dos jogos e nem dos treinos.

Bernardo Paçó aceitou de desafio de A BOLA de respostas rápidas
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