A análise de Tozé Marreco à derrota do Tondela frente ao Sporting
Foto: JOSÉ COELHO/LUSA

A análise de Tozé Marreco à derrota do Tondela frente ao Sporting

NACIONAL23.12.202321:55

Treinador dos beirões na conferência de imprensa após o encontro que ditou a eliminação da Taça da Liga, frente aos leões

No rescaldo da derrota do Tondela diante do Sporting, Tozé Marreco sublinhou a importância de defrontar equipas do nível dos leões, embora tenha admitido que sentiu a equipa «algo receosa».

- O que é que o Tondela pode levar desta partida para preparar o encontro com o Sporting já em janeiro, para a Taça de Portugal?

- Disse aos jogadores que fiquei contente com algumas coisas, mas acho que na primeira parte podíamos ter feito mais. Senti a equipa receosa, num ou noutro momento, principalmente com bola. Na análise que fizemos ao intervalo, vimos que na nossa organização defensiva tínhamos poucos erros. Cometemos dois, e neste nível isso é absolutamente fatal. Depois faltou-nos essa ligação que tínhamos trabalhado, para atacar rápido. Tivemos ali 7 ou 8 bolas que não segurámos, não conseguimos segurar. Faltou-nos isso. Na segunda parte, entrámos melhor todos. A entrada do Xavier também ajudou para termos essa capacidade de desbloquear em alguns momentos. Obviamente que tínhamos de arriscar, mas como é lógico ficámos mais desprotegidos. Levo algumas das coisas que queria, essencialmente preparar o próximo jogo do campeonato, que é o nosso principal objetivo.

- O que espera que um jogo desta exigência dê aos seus jogadores?

- Aproveitámos para dar minutos a alguns jogadores. O objetivo era que alguns jogadores tivessem essa pressão maior de um desafio deste género. Jogadores como o Mezenga ou o Dani (dos Anjos), o Tiago ou o França têm sido menos utilizados. O objetivo era também que fôssemos postos à prova, atacar melhor a profundidde com bola. Houve aqui coisas que foram interessantes para isso.

- Houve um futebol diferente do Tondela na segunda parte. O que é que mudou?

- Foi o jogo da época em que lhes mostrei menos coisas ao intervalo. Essencialmente foi a parte mental de se libertarem, e de também... eu não gosto da palavra 'desfrutar' em competição, mas acho que este jogo exigia isso. O jogo exigia que aproveitássemos e nos libertássemos. Nestes jogos, o relvado pode estar muito bom, o passe vai e a bola salta no pé... noutros jogos com outras equipas, isso se calhar já não acontece. Temos de querer sempre jogar estes jogos. Estamos na profissão errada se estes jogos nos metem medo. Eu quero defrontar os melhores treinadores, e hoje tive esse privilégio.