Destaques do Sporting: Bilhete para a meia-final custou (mais) um milhão

Gyokeres bisou (26 golos, objetivo contratual) e assistiu; Trincão continua a justificar aposta no onze e Hjulmand a cresce e a ser cada vez mais 'patrão'

Franco Israel (6) — Uruguaio Seguro a agarrar, lesto a soltar. Aquele atraso de Eduardo Quaresma foi traiçoeiro e o uruguaio teve de ceder canto. Começou a segunda parte em apertos, mas foi corajoso na saída aos pés de Lucho Vega (55’). 

Eduardo Quaresma (6) — Ficou na retina o lance aos 65´, a passe de Nuno Santos, para a corrida do camisola 72, que remata para grande defesa de Kieszek. Está com confiança, a corresponder às exigências, cumpriu a sua missão, saindo a três minutos do fim. 

Coates (6) — A voz da experiência (e de comando) associada à compleição física tornaram-no numa cancela para a baliza do compatriota. Esteve perto do golo, aos 55’, de cabeça, com Kieszek a agigantar-se, mas o central estava em posição irregular. 

Matheus Reis (6) — Um cruzamento milimétrico logo a abrir, aos 5´, com Gyokeres a acertar no poste após tentativa de cabeceamento meia atabalhoada, com a bola a dar ideia de que bateu no tronco. Ainda deu valiosa ajuda a Coates (27´), a limpar a zona frontal, após arrancada de Jair Silva. 

Geny Catamo (7) — Regressado à titularidade, mostrou credenciais. Um nó cego a Pedro Empis e Lucho Veja (29’) a sacar um cruzamento para a área parecia ter parado na mão de Vasco Oliveira, mas o penálti foi revertido. Ganhou praticamente todos os duelos na ala. Um mais-valia, sem dúvida. 

Hjulmand (7) — A crescer a cada jogo. A segurança que confere no seu raio de ação permite que Edwards jogue a extremo ou até mesmo como segundo avançado. Registe-se o passe perfeito, antes do intervalo, que Trincão fez passar a bola por cima de Kieszek.  Um autêntico ás de trunfo. 

Pedro Gonçalves (7) — Num minuto (36’) limpou a zona central, após Van der Gaag ter galgado a ala esquerda, e no outro respondeu da melhor forma à chamada de Gyokeres e marcou. Aos 82’ ainda teve fôlego para rematar forte, já na área, com o guarda-redes polaco a (voltar) a brilhar. Num cenário de castelo, foi rei. 

Nuno Santos (7) — Bateu o canto que deu origem ao primeiro golo, fazendo a bola seguir em arco para a cabeça de Gyokeres (se tinha um telecomando, escondeu-o bem); no lance do segundo golo foi dos seus pés que a bola saiu para o sueco fazer a assistência e ainda rematou a rasar o poste esquerdo, aos 89´, numa transição rápida. Não ganhou o Puskás, mas aquele pé esquerdo faz estragos. Ó se faz.

Edwards (7) — Começou cedo um autêntico bailado entre os defesas (que fora do tom, nunca conseguiram acertar o passo), aos 12’ teve um remate a sair frouxo, mas a veia desequilibradora veio ao de cima. Uma condução de bola perfeita, um bambolear que quebra qualquer adversário. O amarelo podia ter sido evitado, porque o pisão era desnecessário. Dono das bolas paradas do lado direito, coloca o esférico onde quer, tenso, mesmo a jeito de uma sapatada para a baliza, fez a assistência para o terceiro (na cobrança de um canto). 

Trincão (7) — Em crescendo a cada jogo, está a justificar a aposta que Rúben Amorim tem feito a colocá-lo a jogar de início. Foi a jogo com uma fisgada: marcar. Bem tentou, mas não conseguiu. Aos 23’, um remate cheio de intensão, no coração da área, com selo de golo negado por Kieszek; aos 44´uma chapelada, numa movimentação soberba, mas Vasco Oliveira tirou-lhe o pão da boca; aos 41´sacrificou-se, com um amarelo, para travar ataque leiriense.  Controla bem as mudanças de velocidade e, de fora da área, espreita sempre uma nesga para o remate.

Gonçalo Inácio (5) — Entrou aos 73´, posicionou-se no seu lugar e por lá não passou nada. 

Esgaio (-) — Remate de primeira, 84’, cheio de intenção. 

Morita (-) — Regressado da Taça Asiática, cumpriu 20 minutos, calculados pela equipa técnica.

Daniel Bragança (-) — Jogou 10 minutos e fez um bom cruzamento para o coração da área. 

Neto (-) — Entrou e nem aqueceu... Viu logo um cartão 0amarelo, por obstrução.