Feyenoord-Benfica: Análise individual e jogadores em destaque

Benfica Feyenoord-Benfica: Análise individual e jogadores em destaque

NACIONAL30.07.202320:37

DAVID NERES E COMPANHIA CHEGARAM TARDE E EM BOA HORA

Suplentes acrescentaram: além do brasileiro, Neves, Musa e Gouveia; Titulares desiludem

Vlachodimos - Jogo de pouco trabalho, apesar de dois golos sofridos e alguns sustos, com adversários a aparecerem mais isolados do deveriam.


Bah - Não foi visto a desequilibrar ofensivamente, mas também não se deu muito por ele em tarefas defensivas.
António Silva - Giménez fugiu-lhe para fazer o 2-0, mas parecia adiantado em relação ao último defesa, Bah.

Otamendi - Regresso menos fulgurante do que certamente esperaria, com muito trabalho. Está recuperado.

Aursnes - Erro grave aos 12’, não detendo bola fácil que permitiu a Igor Paixão fazer o 1-0. Não esteve em bom plano e foi o último a ser substituído.

Rafa - Aos 5’, com cruzamento que fez a bola passar entre a baliza do Feyenoord e Gonçalo Ramos, prometia estragos, mas defraudou. Falhou passe fácil que deixaria João Mário em posição de marcar ao minuto 32 e na segunda parte falhou incrível desvio. Boa nota em toque subtil e de classe a isolar Neres.

João Mário - Estava sozinho, pronto para visar a baliza, ao minuto 32, mas a bola de Rafa fugiu-lhe, mais parecendo remate do que passe. Não sobressaiu, mas foi capaz de reter a bola e jogar.

Gonçalo Ramos  - Não conseguiu chegar à bola para fazer o desvio ao minuto 5 e nunca teve lance de golo.

Morato - Jogo trabalhoso perante velozes atacantes do Feyenoord.

Ristic - Deu-se mais por ele que por Jurásek. Livre forte, mas torto.

Neres - Na esquerda foi presa fácil, na direita desequilibrou. Esteve perto de marcar, na melhor ocasião do Benfica, e no lance do golo. Merecia mais tempo.

Florentino - Deu equilíbrio à equipa.

João Neves - Fez bem à equipa. Belo passe para Rafa isolar Neres.

Tomás Araújo - Ainda teve de suar.

Musa - Tem aquela coisa dos pontas de lança. Nada a assinalar, a não ser o golo.

Schjelderup - Começa a apetecer vê-lo jogar mais do que cinco minutos.

JOGADORES EM DESTAQUE

Di María - Fame que o precede tem preço

Nesta fase de pré-temporada, diante de adversário mais forte e rigoroso, encontrou dificuldades com que irá certamente conviver durante a época. A fama precede-o e há um preço a pagar, que é a marcação. Esteve quase sempre cercado e à vista dos adversários e quando conseguiu finalmente fugir tentou o passe em vez de rematar. Foi aos 40’.

Kokçu - Amarrado sem hipótese de fuga

Bem conhecido dos adversários, parece ter sido vítima de uma estratégia bem montada, que visava impedi-lo de sair em drible ou de passar com relevância. Desta forma, acabou por ser visto a fazer sobretudo passes curtos e a jogar sob pressão dos adversários. A capacidade de reter a bola também será posta à prova no clássico, pelo que serviu de aprendizagem.
Amarrado sem hipótese de fuga

Jurásek - Vontade (a mais) de mostrar serviço

O lateral-esquerdo que substituiu Grimaldo sente nos piores momentos da equipa a necessidade de dizer que está à altura dos desafios e pode ajudar da mesma forma que o espanhol a encontrar caminhos para a baliza. Mas Jurásek errou quase sempre no drible e também não esteve muito feliz no cruzamento e no passe. A ansiedade de mostrar serviço.
 

Tiago Gouveia - Não foi bonito, mas foi prático

Elogiado pelo treinador na véspera, não parece ter lidado nada mal com a situação e acrescentou mais alguns pontos positivos à sua conta pessoal. Tiago Gouveia entrou bem, entregou-se ao jogo, fugiu pela direita, ganhou ressalto após ressalto até ir à linha e cruzar com intenção para Musa reduzir. Não vingou pela arte, mas vingou conforme foi possível.


João Victor - Começa a parecer um lateral

O central brasileiro - pelo menos foi contratado nessa condição - parece estar a vestir sem resistência o fato de defesa-direito, portando-se verdadeiramente como um. João Victor preocupa-se com a marcação, faz parte do trabalho de qualquer defesa, mas também procura o drible e as acelerações, qual lateral ofensivo. Nem tudo saiu bem, mas foi competitivo.