Uma banheira para as últimas experiências: as dúvidas de Schmidt

Benfica Uma banheira para as últimas experiências: as dúvidas de Schmidt

NACIONAL29.07.202320:54

O Benfica realiza no domingo, frente ao Feyenoord, na banheira de Roterdão, a última prova antes da estreia oficial na época 2023/2024, frente ao FC Porto, dia 9 de agosto, na Supertaça Cândido de Oliveira. É a sexta partida na pré-época e a derradeira possibilidade que Roger Schmidt terá para fazer mais alguns testes em contexto de jogo, diferente dos testes em treino.


Tendo como princípio a utilização de dois onzes em cada parte, e já depois de cinco partidas e 26 futebolistas utilizados, foram várias as combinações experimentadas, mas ainda há matéria para ver e campo para explorar.


OTAMENDI
Em primeiro lugar, o caso Otamendi: o central ainda não participou em qualquer encontro nesta pré-temporada devido a uma entorse no joelho esquerdo contraída ao serviço da seleção argentina e esta é a rampa certa para o capitão reclamar um lugar que é seu, formando dupla de centrais com António Silva, o dueto que tanto sucesso teve em 2022/2023.
Mesmo que não faça qualquer minuto nos Países Baixos, não é garantido que o defesa de 35 anos esteja descartado para a Supertaça, porque a experiência de Otamendi é um critério que pode pesar na decisão do treinador para o clássico. Além das rotinas com o jovem colega português que não se esquecem.
Menos previsível, porque dificilmente será uma opção no futuro, mas mesmo assim viável é assistir-se ao comportamento de uma dupla de centrais ainda não utilizada em cinco encontros: António Silva com João Victor - o internacional luso alinhou três vezes ao lado de Morato, uma com Tomás Araújo e outra com Lucas Veríssimo.


JURÁSEK E AURSNES    
À exceção do último jogo frente ao Burnley, quando fez dupla no meio-campo com Kokçu (ambos ex-Feyenoord), Fredrik Aursnes alinhou sempre no lado esquerdo do meio-campo, mas nunca teve Jurásek como parceiro de corredor.
Mesmo que a concorrência tenha aumentado em todas as posições do meio-campo ofensivo, o norueguês é sempre um candidato à titularidade, tal como o checo contratado ao Slavia de Praga, mas até agora tem sido Ristic o escolhido sempre que Aursnes está em campo a comandar as operações na meia esquerda (Southampton, Basileia, Al Nassr e Celta).


O reforço Jurásek alinhou duas vezes com João Mário (Basileia e Burnley) e David Neres (Al Nassr e Celta) e poderá pisar pela primeira vez os mesmos terrenos do norueguês.


RAMOS E NÓRDICOS
Sempre que foi lançado a jogo (quatro partidas), Gonçalo Ramos teve Rafa nas costas, numa linha de continuidade do que se verificou na temporada passada, mas ainda não se viu, por exemplo, o que o goleador pode fazer com Tengstedt ou Schjelderup. O novo camisola 9 já coincidiu com Musa em campo na temporada anterior e não era expectável vê-los juntos nesta pré-época, mas as características quer do dinamarquês quer, principalmente, do norueguês, abrem o leque de associações ofensivas no relvado.


Tengstedt é um jogador mais posicional e de área, mas já jogou duas vezes com Musa, avançado com as mesmas características, admitindo-se que também o possa fazer com Ramos. Mas mais provável (porque compatível) parece ser uma parceria com Schjelderup, jovem norueguês que está a subir de cotação interna e externa. Apesar de ser um atacante rápido a sair da faixa para o meio, já jogou como segundo avançado na segunda parte diante do Al Nassr, atrás de Musa.


Roger Schmidt já deve ter 90 por cento do onze para a Supertaça na cabeça, os dez por cento que sobram podem decidir-se em Roterdão. 

Todos os onzes usados por Schmidt na pré-época:

SOUTHAMPTON

AL NASSR

CELTA

BURNLEY