«O João Félix a ver, a camisola do Otávio, as mensagens de Rafael Leão, Trincão, Jota...»

Sub-19 «O João Félix a ver, a camisola do Otávio, as mensagens de Rafael Leão, Trincão, Jota...»

NACIONAL15.07.202317:28

O selecionador dos sub-19, Joaquim Milheiro referiu este sábado que o ambiente na seleção é o melhor na véspera de disputar a final do Europeu frente à Itália em Malta, e agradeceu a todos os jogadores de outros escalões que têm ajudado. 

Antes do Europeu começar, muito se falou sobre as muitas ausências que este grupo ia ter. O que tem a dizer sobre isso agora que Portugal está na final?

- Ao longo do processo de desenvolvimento de cinco anos com esta geração, foi muito importante trabalhar a resiliência, convivendo com diferentes contextos de elevada dificuldade. Ao longo desse tempo, vários jogadores passaram por este grupo, em estágios, torneios, etc. e tudo isso ajuda ao crescimento deles. Não me sinto nada limitado pela ausência de 8, 9 ou 10 jogadores, o que seja. Aliás, aproveito esta oportunidade para dar uma palavra ao João Moreira, defesa luso-brasileiro que atua no São Paulo, e recuperou recentemente de uma lesão muito grave. Aquilo que este grupo sente é o enorme carinho que vem daqueles jogadores que não estão aqui connosco, seja por que motivo for, inclusive os que não são desta geração. Já disse isto antes e vou voltar a dizer: todas as camadas da seleção portuguesa têm uma ótima relação. Foi muito importante ter o João Félix a ver ao vivo o nosso primeiro jogo neste Europeu, como é muito importante termos connosco a camisola que o Otávio nos ofereceu. Temos recebido mensagens de jogadores como o Rafael Leão, o Francisco Trincão, o Jota que agora está no Al-Ittihad, entre outros.

Que análise faz aos defesas desta seleção e onde é que a equipa ainda melhorar para a final?

- Aqui o importante é a equipa. Se um defesa fizer a sua parte sozinho e os colegas não fizeram a deles, não existe consistência nem solidez na equipa. Precisamos de uma equipa a tentar ser melhor a toda a hora. Não podemos começar a defender apenas na defesa, temos de começar a defender logo a partir dos avançados. A equipa tem de defender enquanto um todo, até para pressionar da melhor maneira o adversário. Em 13 jogos, esta equipa sofreu golos em apenas cinco. Sofremos seis golos nos últimos 13 desafios. Isto é uma ótima motivação para a equipa, porque é fruto do trabalho e do talento destes jovens. Isso é o que é mais importante para mim. Não o aspeto individual, mas como a equipa se tem portado como um todo.

Quão difícil tem sido manter os pés dos jogadores assentes na terra na preparação para esta final, tendo em conta a goleada aplicada na fase de grupos (5-1) a esta Itália?

- É muito importante nós continuarmos conscientes daquilo que vão ser as exigências desta final. Não podemos estar a ‘mandar foguetes antes da festa’. Temos de nos manter equilibrados emocionalmente, e com capacidade para controlar a pressão de um momento como este, porque é muito elevada. Mas, ao mesmo tempo, é uma pressão positiva, porque trabalhámos muito tempo para chegar a este momento. A forma de estar desta equipa é sempre com muita humildade, muito querer e muita dedicação para alcançarmos algo importante. Nós temos claro na nossa cabeça que, para conseguirmos vencer este jogo, vamos ter de estar ao nosso melhor nível.