Sub-19 «Vai ser um jogo de elevada dificuldade»

A equipa de Portugal realizou esta manhã o último treino antes do confronto de amanhã com a Noruega na meia-final do Europeu sub-19. Antes da sessão, o selecionador Joaquim Milheiro projetou a partida.

«Vai ser um jogo de elevada dificuldade, tendo até em conta o próprio andamento da competição, porque estamos nas meias-finais. Felizmente, Portugal tem o hábito de estar presente nestes momentos, o que nos dá uma força extra. Mas há que ter em conta a qualidade do adversário, sobretudo no setor intermédio. Tem ali jogadores capazes de controlar os ritmos de jogo, e de interferirem positivamente no jogo da Noruega. É uma equipa que procura muito as transições ofensivas e a profundidade, no sentido de procurar o espaço nas costas e entrelinhas. É uma equipa que tem a capacidade de estar em bloco baixo de uma forma tranquila, muitas vezes ocupando apenas os 15 metros mais próximos da própria baliza. Compete-nos a nós, com a nossa organização de jogo, eliminar as potencialidades do adversário e aproveitar as fragilidades», explicou.

Joaquim Milheiro relembra que esta não é a primeira vez que este Portugal defronta os sub-19 noruegueses e que o registo tem sido positivo: «Já jogámos frente a esta Noruega duas vezes. A primeira foi em Marbelha e conseguimos vencer 2-0, num jogo em que eles se apresentaram em 1X4X3X3. Na segunda vez que nos defrontámos, vimos uma Noruega em 1X5X3X2, com um bloco bastante baixo, focado em saídas rápidas através dos corredores. Compete-nos sermos muito rápidos na reação, quer a nível individual como coletivo, estarmos extremamente concentrados e muito atentos aos detalhes. Para conseguirmos desmontar esse bloco compacto da Noruega, vamos ter que apresentar uma grande dinâmica e aproveitar todas as oportunidades, por pequenas que possam ser, para agredir o adversário em busca do golo.»

Já em relação ao cansaço acumulado ao longo desta prova, Milheiro destaca a importância do descanso que foi dado a todos na segunda-feira: «Esta equipa fez algo muito importante, na minha opinião, que foi chegar ao final do segundo jogo já com o apuramento garantido para a meia-final. Isso permitiu-me fazer uma gestão diferente no terceiro jogo da fase de grupos, com Malta. Além disso, o espírito de alegria que se vive neste grupo, faz-me acreditar que vamos superar qualquer fadiga que possa surgir. Agora, é claro que essa folga ajudou. Tanto no equilíbrio físico, como no emocional. Deu um bom boost à equipa.»

Um boost que pode ser fundamental caso a meia-final não fique resolvida no tempo regulamentar. Mas esse cenário também já está salvaguardado pela equipa técnica nacional: «Não me preocupa a possibilidade de irmos a prolongamento. Ao longo destas já três semanas de estágio, esse foi um detalhe que contemplámos. Quisemos prolongar algumas sessões de treino, e subir o nível de intensidade também, para que, se esse cenário surgir, não for estranho para a equipa. Há aqui todo um processo de adaptação no sentido de estarmos preparados para esse momentos, e também para um eventual momento de grandes penalidades. Também temos treinado esse momento com muita regularidade. Olhando para aquilo que é o rendimento da equipa e a vontade dos jogadores, sinto este grupo completamente preparado para os diferentes cenários que possam acontecer.»