«Sinto-me como Guardiola ou Ancelotti»

Palmeiras «Sinto-me como Guardiola ou Ancelotti»

INTERNACIONAL12.07.202300:25

O treinador português Abel Ferreira, de 44 anos, que levou o Palmeiras ao título de campeão brasileiro em 2022, além de duas vitórias com a equipa de São Paulo (Brasil) na Copa Libertadores da América (2020 e 2021, tendo sido eliminado nas ‘meias’ em 2022), que ambiciona a terceiro título continental de clubes da América do Sul ao leme do ‘verdão’.

«Gosto de sonhar, mas com os olhos bem abertos, de ir jogo a jogo. Das três últimas [Copas Libertadores da América] que disputámos, conseguimos vencer duas, e chegámos às meias-finais em 2022. Não conseguimos o terceiro título consecutivo, mas, repito, gosto de sonhar de olhos bem abertos», afirmou o treinador português, em entrevista concedida ao diário desportivo espanhol Marca.

Os títulos que o antigo técnico de SC Braga, Sporting B e PAOK (Grécia) tem colecionado no clube paulista, confessou, numa analogia, fazem-no sentir-se na pele da aura e do êxito que Pep Guardiola, no Man. City, ou Carlo Ancelotti, no Real Madrid, disfrutam: reconhecimento global que não tem preço e toda uma panóplia de boas sensações.

«É uma sensação muito boa estarmos num lugar e num clube onde nos sentimos acarinhados, poder trabalhar com jogadores de caráter e com ambição, que compreendem o espírito do clube… e do treinador. Gosto de estar aqui. Sempre quis treinar clubes que lutassem por títulos», admitiu Abel.

«Antes de chegar ao Palmeiras, não tinha sido campeão em campeonato algum. Só com os sub-19 [Sporting]… mas é muito diferente de se ser campeão na primeira divisão. Quando era jogador, ganhei poucos títulos. Foi na Grécia que evolui muito como treinador. Depois, vim para o Palmeiras, clube com uma história ao nível das melhores do mundo. Trouxe a família, tem sido uma experiência nova para nós. Sinto-me em casa na ‘família Palmeiras’. Estou num clube onde me querem e que está a lutar por títulos», foi a análise fria de Abel Ferreira.

«Também questionam [Pep] Guardiola e [Carlo] Ancelotti porque continuam após ganharem títulos, ou terem ganho tudo, ou quase tudo? Eles, como eu, procuram outro desafio. Falam que se sentem amados nos seus clubes, que têm tudo o que procuravam e que, como eu, pensam ter todas as condições… para continuarem a ter sucesso'. É assim no Palmeiras: reconhecem-me pelo que faço, o que é ótimo para a classe dos técnicos», rematou Abel.