Benfica «O Di María do Mundial entra na equipa de mão beijada»

«É muito simples: se o Benfica contratar o Di María do Mundial, entra na equipa de mão beijada», dispara João Alves, 70 anos, treinador, glória do Benfica, também ele com um ponto de ligação ao argentino, uma vez que regressou igualmente à Luz depois de uma passagem pelo estrangeiro, no caso dele o PSG.

João Alves analisa a iminente contratação de Di María pela avaliação dos desempenhos no Mundial. «Não haja dúvidas de que será muito importante para o clube. É pelo que fez há seis meses, na Catar, que tenho de aferir o valor dele. Foi muito importante para a Argentina e foi fantástico na final», argumenta João Alves, para quem Di María «vai sentir-se à vontade» no Benfica, afinal «conhece as pessoas, o meio ambiente e vai sentir muito carinho».

O treinador vê Di María, no esquema tático utilizado por Roger Schmidt, «a jogar numa ala e a ir para dentro», assinala que na Juventus o fazia «mais da direita para dentro», mas logo acrescenta que pode ser utilizado «em qualquer das três posições atrás do ponta de lança».

João Alves fez parte da formação no Benfica, jogou por Varzim, Montijo, Boavista e Salamanca até voltar à Luz. Por lá ficou uma época, seguindo para o PSG e voltando, uma temporada depois, ao Benfica. «Quando regressei dessa segunda vez, tinha a motivação de ser campeão. E fui duas vezes. Ganhei ainda mais duas Taças de Portugal, fui à final da Taça UEFA e à meia-final da Taça das Taças», partilha João Alves, que identifica várias motivações em Di María:

«O coração também teve peso na decisão, considerando que teria ofertas financeiras mais vantajosas da Arábia Saudita e dos Estados Unidos. Quis ficar na Europa, onde o futebol tem mais visibilidade. E se quer manter em aberto outras opções também terá o interesse de que tudo corra bem no regresso ao Benfica, para depois, eventualmente, poder fazer então contratos de outro nível antes de acabar a carreira.»