Fenerbahçe Jorge Jesus confirma saída: «Vou à procura do meu sonho»

Jorge Jesus fechou com 'chave de ouro' a passagem pelo Fenerbahçe, conquistando, este domingo, a Taça da Turquia (2-0 na final com o Basaksehir) para terminar com o jejum de títulos do clube de Istambul, que durava desde 2014. Após a partida, o treinador português confirmou a saída da Turquia para «cumprir um sonho». Recorde-se que o nome de Jorge Jesus tem sido apontado como um dos favoritos à corrida na sucessão a Tite como selecionador do Brasil, mas também a seleção da Arábia Saudita tem JJ nas prioridades.

«Acabámos com a Taça da Turquia, em beleza, conquistámos um troféu que o Fenerbahçe não conquistava há muitoas anos. É um marco histórico para o clube, para mim e para os meus jogadores. Disputámos o campeonato até à última jornada e vencemos um troféu muito importante. Agradeoç ao presidente a oportunidade que me deu de vir para a Turquia e pela forma como me trataram. Estou a falar assim porque é uma despedida, a partir de hoje já não sou o treinador do Fenerbahçe. Já o tinha comunicado ao presidente há umas semanas, para ele procurar outro treinador. Saio com um enorme agradecimento ao povo turco, vivi um momento trágico (sismo) neste país fantástico», começou por dizer o técnico, explicando que foi maturando a decisão nos últimos tempos.

«Foi um processo que foi evoluindo ao longo do tempo. Não é que eu não goste de cá estar, pelo contrário, mas tinha decidido esperar por novas oportunidades e é o que vou fazer. Vou para Portugal, não tenho nada decidido com ninguém. Espero poder realizar o meu sonho, vou esperar», concluiu.

Jorge Jesus aproveitou ainda para fazer um balanço de uma época muito conturbada devido ao trágico sismo que assolou o país em fevereiro.

«Não me arrependo do que fiz, mas houve coisas que não são habituais. Houve três pré-épocas, a normal, a do Mundial e a do sismo, tudo isto traduziu-se em muitas alterações no campeonato e na verdade desportiva, jogos que as equipas ganharam sem jogar... Mas não somos perfeitos no que fazemos e eu também não o sou. Teria repetido a maioria das decisões.»