Casa Pia «Mourinho deu-me os parabéns»

O treinador do Casa Pia, Filipe Martins, deu uma entrevista a A BOLA, na qual fala dos desafios dos primeiros tempos com três jogadores e um momento «muito especial».

- Quando chegou em 2020, foi uma decisão administrativa a salvar o Casa Pia de descer (caíram Aves e Vitória de Setúbal). Como foram esses tempos da sua chegada, na Liga 2?
- Há uma palavra que define estes três anos: desafio. No primeiro, o desafio de construir uma equipa que, na prática, tinha descido e pensava que jogaria o Campeonato de Portugal. Tivemos um mês para preparar tudo, só começámos a treinar 15 dias antes. Ficaram três jogadores com contrato e, por isso, foram muitas, muitas horas de trabalho a construir tudo do zero. Valeu a pena.

- Que jogadores destacaria destes três anos?
- Seria injusto destacar alguém. Foram muitos os que acreditaram num projeto confiável e competitivo e com cumprimento financeiro. Foram todos muito importantes, alguns que estiveram nos cenários todos, sim.

- O dono da SDUQ, o norte-americano Robert Platek, é figura presente? Costuma falar com ele?
- O meu contacto diário é com o dr. Tiago Lopes. O nosso boss, como costumo dizer, não gosta de dar nas vistas. Gosta de estar mais na sombra, mas não nos falha com nada. Dá os parabéns, faz balanços, mas não gosta de se expor. Não deixa que nada nos falte.

- É verdade que Mourinho lhe deu os parabéns? Conhece-o?
- Sim, Mourinho deu-me os parabéns. Foi a meio da época e foi um marco para mim. Sempre habituado a ver aquela figura imponente, com uma aura diferente. Quando nos deram a hipótese de defrontar a Roma num jogo particular, fiquei um pouco ansioso, contactar com José Mourinho era um dos meus objetivos pessoais. Admiro-o muito. Foi um dia especial.