Portimonense «Não é com uma explicação simples que se justificam dois resultados tão pesados»

Na antevisão ao jogo deste sábado, em Arouca, com início às 15.30 horas, Paulo Sérgio abordou as duas derrotas do Portimonense, nas duas primeiras jornadas, identificando um déficit de «agressividade sem bola», num percurso que está a ser feito com muita juventude e com as «dores de crescimento» associadas.

«O que está para trás… já foi. Houve um conjunto de várias situações, e não é com uma explicação simples que se justificam dois resultados tão pesados, embora de formas diferentes: no último jogo, em dois remates, o Boavista estava a ganhar 3-0, em que até entrámos bem no jogo. Depois do resultado anterior, em dois remates ficar a perder 3-0 rapidamente a equipa teve que ter personalidade e estaleca para poder voltar ao jogo e fazer a segunda-parte que fez. Nem tudo foi mau, obviamente que estamos bastante desiludidos com os resultados conseguidos, mas há muita coisa que explica tudo isso. São dores de crescimento e temos que crescer depressa. Esperamos estar mais competitivos nesta jornada», pede.

«Arouca? Importa corrigir o que temos estado a pecar, fundamentalmente muita falta de agressividade sem bola, manter e melhorar o que de bom temos vindo a fazer, porque com bola, quer aqui, como em Barcelos, conseguimos fazer coisas muito interessantes. Mas, quer num jogo como noutro tínhamos que ser mais concentrados e agressivos sem bola, não pode ser tão fácil fazer um golo ao Portimonense e quando assim é, correr depois atrás do resultado é sempre mais difícil. Há que melhorar bastante ao nível da atitude competitiva para defrontar um adversário com bastante valor, que se reforçou muito bem, trouxe jogadores ao campeonato que têm muita qualidade, para além dos que já tinha. Jogo difícil contra uma equipa com muita qualidade», disse, sobre o jogo de amanhã.

O treinador dos algarvios, detalhou ainda a forma de jogar do adversário: «Trabalhamos naquilo que é o nosso jogo e no que queremos melhorar. Há nuances táticas particulares em relação ao Arouca, estamos alertas para isso. O Arouca está a defender em 4x4x2, com o Cristo [González] a fazer a ligação entre os médios e o Mujica, que leva muito o Silla para dentro – que não é um extremo puro – e que deixa o corredor livre para o Quaresma explorar, um jogador de grande qualidade e capacidade física, um David Simão em que põe a bola onde põe os olhos… temos o adversário bem identificado e temos que ser capazes de pôr em campo a nossa estratégia.».

Limitado nas escolhas, em que no último jogo, com o Boavista, não pôde contar com Alemão, Pedrão e Jasper, lesionado, Paulo Sérgio não chora as ausências, preferindo enaltecer os presentes: «Cabe-me olhar para o que tenho disponível e não para o que não tenho. Nunca fui de chorar daquilo que não tenho e até era uma falta de respeito para aqueles que foram a jogo, alguns que se estrearam na liga e alguns até com bastante qualidade. Não gostando de individualizar, mas o Alcobia não cometeu um erro, o jogo todo, por exemplo e o Hélio [Varela] animou bastante a partida. Gosto mais de olhar para o copo meio cheio do que para o copo meio vazio, agarrar as coisas positivas e fazer crescer. Essa é a nossa tarefa.».

Dener e Dennis Adeniran, são os mais recentes reforços do Portimonense e Paulo Sérgio espera ainda mais inclusões no plantel.

«É público e claro que precisamos de mais soluções, o campeonato vai ser muito difícil, todas as equipas reforçaram-se muito bem. Isso está falado internamente, é trabalho da administração procurar encontrar as soluções, a chegada, nomeadamente desses dois, acreditamos que nos aportam valor, o Dener é uma cara conhecida que já trabalhou aqui connosco, traz experiência, qualidade e mais uns centímetros aos momentos parados do jogo, e o Dennis é um atleta que vamos descobrir, é u jogador fundamentalmente físico, muito combativo. São duas opções mais e no seguimento do que temos vindo a falar», acredita.