Jorge Fonseca prata no Grand Prix de Zagreb

Judo Jorge Fonseca prata no Grand Prix de Zagreb

JUDO20.08.202318:20

Após mais de um ano de jejum, duas lesões que o mantiveram afastado dos tatamis vários meses e alguns sabores amargos nas primeiras provas de retorno à competição, Jorge Fonseca (-100 kg) regressou, este domingo, aos pódios ao garantir a medalha de prata no Grand Prix de Zagreb, 13.ª etapa do Circuito Mundial, com uma derrota por wazari , face ao sérvio Aleksandar Kukolj (23.º do ranking).

Foi a segunda vez que os dois judocas se defrontaram depois de, em junho de 2021, um mês antes dos Jogos de Tóquio, o português ter derrotado Kukolj, de 31 anos, também numa final, desta feita no Mundial de Budapeste-2021. Agora Kukolj soube aproveitar um dos vários ataques de Jorge para, num contra-ataque a 36s do fim, marcar wazari e de imediato gastar 22s no chão. Nos 14s que faltavam o luso não conseguiu derrubar o sérvio. 

    

A última vez que Fonseca havia conquistado uma medalha no Circuito havia sido no Grand Slam de Ulan Bator, Mongólia, em junho de 2022, tendo sido prata.

Depois uma lesão num estágio da Seleção afastou-o da competição até final da época, deixou-o fora do Masters de Jerusalém-2022, e do início da atual temporada, faltando, em janeiro, ao Grand Prix de Almada, onde tinha o título a defender e apenas regressando em fevereiro ao Grand Slam de Telavive (7.º), onde voltou a lesionar-se. Regressou em junho no Grand Slam de Mongólia (7.º), mas longe do seu melhor nível.

Isento da 1.ª ronda, Jorge, atualmente 21.º do ranking, começou o dia a eliminar Louis Mai (47.º), que procurou a estratégia do desgaste físico do português para levar a melhor. Ainda conseguiu que Jorge levasse dois shidos, no entanto, com o passar do tempo acabou por ser o alemão a ficar cada vez mais cansado e a ser eliminado por castigos após 5.23m de confronto.

Na terceira ronda Fonseca, de 30 anos, teve pela frente mais um adversário que nunca havia encontrado, o cazaque Bekzat Shagata (169.º), que resistiu 1.27s até ser projetado para ippon, com o ex-bicampeão mundial do Sporting a mostrar cada vez maior confiança e tranquilidade no tapete. Pode-se dizer mesmo, como há muito não se via.

Foi a atitude que voltou a demonstrar nos quartos de final face a Piotr Kuczera (42.º), onde 35s foram suficientes para garantir um ippon, a passagem à meia-final e a terceira vitória contra o polaco no mesmo número de encontros entre os dois.

Na meia-final, a sua segurança e domínio foi ainda maior, quase não permitindo que Simeon Catherina (13.º) atacasse com verdadeiro perigo e despachando a contenda com três castigos quando ainda faltavam 1.27m no cronómetro. O último sido devido ao neerlandês se ter apoiado nos dois cotovelos para evitar ippon após ser projetado de costas.

Um combate totalmente dominado pelo medalha de bronze nos Jogos de Tóquio que impôs o seu judo desde início e leva vantagem de 3-1 em confrontos face a Catherina.

SELEÇÃO NACIONAL 

Masculinos

-60 kg      Rodrigo Lopes 9.º classificado (1 v-1 d)

-60 kg      Francisco Mendes   7.º classificado (3 v-2 d)

-73 kg      Thelmo Gomes        não classificado (1 v-1 d)

-81 kg      João Fernando        7.º classificado (3 v-2 d)

-81 kg      Anri Egutidze   não classificado (0 v-1 d)

-100 kg    Jorge Fonseca         2.º classificado (4 v-1 d)

Femininos

-48 kg      Raquel Brito    não classificada (0 v-1 d)

-52 kg      Joana Diogo    não classificada (0 v-1 d)

-52 kg      Maria Siderot   não classificada (0 v-1 d)

-70 kg      Joana Crisóstomo   não classificada (0 v-1 d)

Selecionadores: Pedro Soares e Marco Morais