«Temos de sentir dor quando não ganhamos»

SC Braga «Temos de sentir dor quando não ganhamos»

NACIONAL14.08.202314:00

Apesar da vantagem de três golos trazida da primeira mão, Artur Jorge, treinador do SC Braga não dá por garantida a passagem do SC Braga ao play-off da Liga dos Campeões.

«Vamos ter adversário semelhante ao que tivemos em Braga, particularmente ao que fizeram na segunda parte, em que foram uma equipa tendencialmente mais balanceada para a frente. O Backa Topola vai precisar de inverter um resultado que nos é favorável, o 3-0, resultado que foi conseguido com muito mérito nosso, que foi fruto do compromisso dos jogadores. E É essa mentalidade que vai determinar o sucesso neste jogo também e que passará por termos uma abordagem muito séria, nunca ignorando aquilo que é o resultado que trazemos de casa, mas sabendo sempre que temos de ser ambiciosos e acreditando que podemos ganhar o jogo na sérvia, porque isso garante-nos a passagem, que é o principal objetivo» começou por responder Artur Jorge.

O treinador sublinhou de seguida a necessidade não haver qualquer tipo de relaxamento dos seus jogadores e explicou que a filosofia da equipa é outra: «Tem de passar por nós esta exigência que queremos criar a nós próprios que todos os jogos são importantes, todos os jogos são únicos e em todos eles temos de tentar entrar para ganhar.»

E com isto, garante o treinador que não vai fazer qualquer tipo de gestão na equipa, que o conforto do 3-0 não dá para isso, mesmo que se aproxime um jogo em Chaves que é tanto mais importante quanto o facto de suceder à derrota caseira na primeira jornada da Liga (1-2 frente ao Famalicão).

«O Jogo importante que nós temos é amanhã [hoje], frente ao Topola. Este encontro vai exigir muito de nós e não existe nem existirá qualquer tipo de gestão.  Isso não faz parte daquilo que é o plano imediato que temos traçado. O que temos é um plantel muito rico, com várias soluções, com jogadores que podem ocupar a mesma posição de valor muito semelhante e por isso teremos oportunidade de apresentar a melhor equipa que o SC Braga possa ter para este encontro.»

A pergunta já tinha sido feita a Jose Fonte e como o jogador logo disparou que era questão para o treinador, eis que Artur Jorge foi confrontado com uma dúvida e nem hesitou a responder: «Normalmente não gosto muito de falar antecipadamente das opções que vou ter para cada jogo, mas posso dizer que o José vai seguramente jogar e que o que queremos, como ele disse, é contar com jogadores que possam estar preparados para dar resposta, independentemente das opções que eu tenha em cada jogo. O ponto mais forte é este, o sucesso de uma equipa fica mais próximo quando temos jogadores com compromisso que possam dar o seu melhor em cada encontro.»

No fim do jogo com o Famalicão, o treinador dos arsenalistas afirmou que havia outras razões para o insucesso para o desaire, mas nesta conferência de imprensa não detalhou quais elas são: «AS razões…. Eu gosto mais de olhar de uma forma genérica. Nesta altura e o que falei com os meus jogadores é a importância de percebermos o porquê de não ganhar, da mesma forma que o faço quando temos sucesso. Temos que sentir a dor. Quem joga no SC Braga tem de ficar insatisfeito, desiludido quando não consegue ganhar. Nos dias de hoje a exigência neste SC Braga faz com que assim seja. Temos sempre de ter máxima ambição de lutar para ganhar, temos de perceber que quando isso não acontece é porque poderíamos ter feito mais qualquer coisa.»

Ambição que continuou na frase seguinte: «Temos pela frente uma temporada longa e de grandes objetivos.»

Antes de terminar, o treinador ainda justificou as substituições que fez frente ao Famalicão: «Fiz substituições que foram sempre ao encontro daquilo que era a necessidade física que a equipa me ia mostrando, à exceção do Simon ]Banza], que entrou quando eu senti que para ganhar precisava ter mais gente na frente, de jogar com dois avançados. Todas as outras aconteceram pela necessidade de ter mais frescura porque quebrámos fisicamente e isso retirou-nos discernimento. Os jogadores que foram entrando estariam mais capazes de dar outra resposta pela sua frescura física, mas acabaram por tornar a equipa não tão capaz como eu desejaria, como nós todos desejaríamos para que pudéssemos começar o campeonato como nós queríamos. Importante é colocar um ponto final nesse desafio com o Famalicão e olhar em frente porque temos muita coisa boa pela frente.»