Barcelona, Real e os outros

Espanha Barcelona, Real e os outros

INTERNACIONAL11.08.202314:30

A La Liga inicia-se esta sexta-feira com um novo patrocinador, a EA Sports, que substitui o Santander - a banca cede lugar ao gigante dos videojogos sinal de que a indústria do futebol em Espanha continua  a ser muito atrativa. O campeonato do país vizinho chegou a ser considerado o melhor do planeta, mantém no calendário o clássico dos clássicos, o Real Madrid-Barcelona, conta com oito equipas nas provas europeias e uma delas, o Atlético de Madrid, paga a Diego Simeone o mais alto salário de todos os técnicos do mundo.

Mas os tempos gloriosos proporcionados pelas presenças de Cristiano Ronaldo e Lionel Messi já pertencem ao passado. Outros nomes importantes, como Benzema, Busquets, Jordi Alba, Asensio, Canales, Dembélé, Kondogbia, Chukwueze ou Pau Torres, também abandonaram La Liga neste defeso.

Em sentido contrário, chegaram Gundogan, ao Barcelona, a custo zero, e Bellingham e Arda Guler, ao Real Madrid, que custaram cerca de metade dos €250 milhões investidos pelos clubes espanhóis, longe dos €1,4 mil milhões da Premier League, dos €550 M da Serie A e do mesmo montante da Bundesliga.

É o resultado do período de austeridade que atravessam os clubes por culpa da crise provocada pela pandemia e pela obrigação de cumprir o fair play financeiro imposto pela Liga espanhola, medida necessária para um saneamento financeiro que evite voltar à catastrófica situação de há 10 anos, quando a maior parte deles estavam à beira da falência - deviam €1000 milhões à banca e mais de €750 M ao Fisco.

Para cumprir normas financeiras tão apertadas, alguns clubes debatem-se com dificuldades para inscrever jogadores, reforços ou aqueles que renovaram contratos. O Barcelona, por exemplo, só tem 13 futebolistas disponíveis, à data de hoje, para iniciar no domingo a defesa do título em Getafe.

Na luta em campo, nada de novo, pois Barça e Real Madrid partem como favoritos, ainda com os merengues de olho na contratação de mais um galáctico, no caso Mbappé, que permanece irredutível na intenção de não renovar com o PSG. Com a grave lesão contraída ontem por Courtois (rotura do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo), é expectável que o Real ainda possa adquirir um guarda-redes para juntar ao ucraniano Lunin.

De novo a correr por fora, o Atlético de Madrid, liderado por Diego Simeone desde 2011, tentará aproveitar os deslizes daqueles dois colossos - por definir está o futuro de João Félix, que não deve passar pelos colchoneros. O avançado é um dos 12 portugueses que estão nesta altura ao serviço de equipas espanholas.

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