Benfica Dia DI festa na Luz

Quando a visita ao Estádio da Luz, ao Museu Benfica/Cosme Damião ou à loja derrota a praia e o campo. Esta quinta-feira foi dia de celebrar a conquista da Supertaça, que já estava bem assinalada por cima da porta 18, mesmo em frente ao King Eusébio, mas quem por ali andava poderia facilmente pensar que era dia de jogo.

Gilson e Felisberto, dois pedreiros cabo-verdianos de 31 anos, chegaram a Portugal «há cinco dias para procurar trabalho». Estão a viver «em Corroios e Fernão Ferro» e foram conhecer a Luz. «Na televisão, com imagens de drone ou helicóptero, parece muito maior», dizem. «Mas ainda não demos a volta toda, acabámos de chegar do lado do Colombo!», acrescentam.

Na fila para o tour ao interior da Luz encontrámos Julian Ferreira, «polícia na Suíça», residente em Genebra, natural de Quintanilha, Bragança. Estava com o filho, Gonçalo, não de sete anos, como disse o pai, mas de «seis e meio!» A mulher, Patrícia, não estava. «É do Sporting, quis ir às compras!», contou, a rir, antes de mostrar orgulhosamente a nova camisola com o nome Di María nas costas.

Artur, engenheiro agrónomo, viajou de Peniche, onde está com a família, mas é de Armamar. Estava com Duarte, o filho de 10 anos, que gostou «da segunda parte do Benfica», e António, o outro filho, de 8 anos, que gostou «de Di María!». Guilherme, o sobrinho de 18 anos, entrou na universidade «em  Bioquímica», vai estudar no Porto, mas promete continuar a vestir a camisola do Benfica. «Vou andar mais escondido, mas em casa…», brincou, antes de analisar o clássico: «Começou com pé torto, mas a segunda parte rendeu bem e as contratações notaram-se. Di María…»

Depois, ainda havia a pequenita e fofa Francisca, de 3 aninhos, e o pai, Hélder, irmão do Artur, «empresário do ramo agrícola», que apreciou «Di María e João Neves».

Por fim, encontrámos Filipe do Carmo, de Monchique, emigrado nos Países Baixos, onde chegou «com a mãe aos 14 anos». «Sou gestor de qualidade numa empresa e um dos fundadores da página do Facebook ‘Benfiquistas na Holanda’.»

Viajou com a mulher, Lonnke, e os filhos Luca, 8 anos, Emma, 13 anos, e Chara, 16 anos, de carro desde os Países Baixos. «Gosto da aventura e é bom para a família estar uns dias fechada em dois metros quadrados [risos]. Elas não ligam muito ao futebol, mas primeiro fomos ao Colombo matar a sede das compras!»