Mundial Feminino-2023 Feito de Portugal vale medalha

A primeira participação de Portugal num Campeonato do Mundo de futebol feminino irá ficar gravada em medalha.

A decisão é do Governo e foi confirmada esta quinta-feira pelo secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, André Moz Caldas, depois do primeiro-ministro, António Costa, ter revelado essa intenção no regresso da seleção feminina a Portugal, a 3 de agosto, após participar no Mundial que a Austrália e Nova Zelândia estão a organizar, de 20 de julho a 20 de agosto.  

«Para assinalar este momento histórico, o Governo determina a emissão de medalha comemorativa da primeira participação de uma seleção de Portugal feminina no Campeonato do Mundo de futebol», dava então conta o chefe do executivo em mensagem na rede social X, antes Twitter, à chegada da equipa nacional.

Ontem, na conferência de Imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, André Moz Caldas revalidou a pretensão, salientando que a participação da seleção feminina, «representa um marco assinalável pela promoção da igualdade de género através do desporto, nas várias dimensões que este também prossegue: do combate às desigualdades e do respeito, proteção e promoção dos direitos humanos».

«Desta forma, o Governo visa dar particular destaque à primeira presença da seleção feminina A, cujas jogadoras ficaram conhecidas como ‘Navegadoras’, na fase final de uma competição», reforçou o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros.

Após competir nos campeonatos da Europa de 2017 e 2019, a estreia de Portugal num Campeonato do Mundo feminino ficou marcada pela primeira vitória de sempre na prova, por 2-0, frente ao Vietname, na cidade neozelandesa de Hamilton, a 27 de julho, com os golos históricos de Telma Encarnação e de Kika Nazareth.

Esta última, aos 20 anos e oito meses, tornou-se mesmo na mais nova jogadora de sempre a marcar em campeonatos do Mundo com a camisola de Portugal, ultrapassando Cristiano Ronaldo e Gonçalo Ramos.

No primeiro jogo do Grupo E, dia 23 de julho, em Dunedin, a seleção perdera com os Países Baixos (1-0), para se despedir frente às bicampeãs mundiais dos Estados Unidos, a 1 de agosto, em Auckland, após empatar sem golos (0-0) e com o poste a evitar, por milímetros, que um remate de Ana Capeta fosse golo a valer qualificação para os oitavos de final.

A fase em que as norte-americanas viriam precisamente a ser eliminadas, pela Suécia, com 5-4 no desempate por penáltis.

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