Fusão no golfe

OPINIÃO14.06.202306:35

A operação entre PGA e DP World Tour levanta variadas questões

APGA e a DP World Tour anunciaram uma fusão com o Fundo de Investimento Público (PIF) da Arábia Saudita, operação que levanta variadas questões do ponto de vista do Direito do Desporto.
As partes assinaram um acordo que combina os negócios e direitos comerciais relacionados ao golfe da PIF (incluindo o LIV Golf) com os negócios e direitos comerciais do PGA TOUR e DP World Tour numa nova entidade com fins lucrativos para garantir que todas as partes beneficiam de um modelo que, supostamente, oferece o «máximo de emoção e competição entre os melhores jogadores de golfe do mundo».

Por seu turno, a PIF fará um investimento de capital na nova entidade. Os termos concretos do acordo ainda não foram totalmente divulgados, à data da elaboração deste artigo.

Este acordo colocará um ponto final nos litígios pendentes entre as partes participantes. Além disso, as três organizações declararam que irão trabalhar no sentido de estabelecer um processo justo e objetivo para qualquer jogador que deseje inscrever-se novamente para associação ao PGA TOUR ou ao DP World Tour após a conclusão da época desportiva de 2023 e para determinar critérios e condições de readmissão, de acordo com as políticas de cada Tour.

Esta fusão coloca questões relevantes do ponto de vista do Direto do Desporto, designadamente quanto à liberdade de circulação de jogadores e o potencial monopólio mundial de competições de golfe que esta operação potencia.

O que ainda não se conseguiu detetar foi um posicionamento formal quanto a este tema por parte da Federação Internacional de Golfe. Mais uma vez, à data da elaboração deste artigo.

Veremos.