Sporting Rúben Amorim mexe de novo no coração do leão

Sempre em mudança. Desde que Rúben Amorim assumiu o comando técnico dos leões, o meio-campo leonino tem estado em constante mudança e a temporada de 2023/2024 não será exceção face à irreversível saída de Manuel Ugarte, agora confirmado nos franceses do PSG.

É verdade que todas estas alterações no coração da equipa têm resultados em grandes proveitos financeiros para os leões - só nas transferências de Ugarte, Matheus Nunes e João Palhinha o Sporting fez um encaixe financeiro de 125 milhões de euros -, mas tem também obrigado o treinador a encontrar novas soluções dentro do plantel e no mercado.

No ano após a conquista do título de campeão nacional (2020/2021) foi a saída de João Mário, agora no Benfica. Na época seguinte, e logo de uma assentada, abandonaram João Palhinha para o Fulham e Matheus Nunes para o Wolverhampton. Agora, finda a época 2022/2023 é a vez de Ugarte desfalcar o Sporting a troco de 60 milhões de euros, obrigando os responsáveis pelo futebol a ir ao mercado encontrar uma nova solução para médio defensivo, mesmo sabendo que há Morita, há Daniel Bragança e os jovens Dário Essugo e Mateo Tanlongo.

Em suma, em apenas três épocas o Sporting perdeu quatro médios centro, dois mais ofensivos e outros tantos de características mais defensivas. E isso criou alguns problemas ao treinador, sendo o melhor exemplo o recuo de Pedro Gonçalves para o meio campo na época que agora fundou.

Com Morita e Daniel Bragança garantidos na próxima época (o grego Sotiris, de 21 anos, deverá ser emprestado para jogar com maior regularidade), a prioridade passa por encontrar um médio defensivo. E por isso caiu o interesse em Jean Lucas, do Mónaco.

Tirando desta equação João Mário (ver caixa em anexo), todos os médios que saíram trouxeram proveitos financeiros ao Sporting, mas é Manuel Ugarte que conhece a maior valorização. Para adquirir ao Famalicão 80 por cento do passe o Sporting investiu 12,5 milhões de euros, logo a sua transferência para o PSG renderá 47,5 milhões.

Mas também Matheus Nunes rendeu bom dinheiro aos cofres leoninos. O Sporting pagou ao Estoril (em duas tranches) 950 mil euros e vendendo-o pela cláusula de 45 milhões teve uma valorização de 44,05 milhões.

Já João Palhinha, o único made in Sporting, foi vendido por 20 milhões de euros.