«Márquez será um dos candidatos à equipa da Ducati»
Paolo Ciabatti, diretor geral da Ducati (IMAGO/Icon Sportswire)

«Márquez será um dos candidatos à equipa da Ducati»

MOTO GP19.12.202318:40

Campeão espanhol assinou contrato por um ano com a Gresini, equipa satélite, prometendo agitar o mercado no fim da temporada

O campeoníssimo Marc Márquez vai iniciar uma nova fase na sua carreira na Moto GP, depois de representar a Honda durante dez anos. Em 2024, o espanhol vai competir na mota da Gresini, uma equipa satélite da Ducati, que tem dominado a modalidade nos últimos dois anos. Mas, a nova contratação está já a agitar o mercado de 2025.

Ora, Márquez assinou contrato apenas por um ano, levando muitos a crer que o piloto está de olho numa Ducati de fábrica para 2025 e Pablo Ciabatti, diretor deste construtor, afirma mesmo que o seis vezes campeão mundial é candidato a esta posição. Mas ainda assim há fatores que podem impedir esta mudança.

«Como ainda não definimos os pilotos para 2025, posso dizer sem problemas que Marc será um dos candidatos à equipa oficial. Evidentemente há um aspeto importante a ser considerado que é o financeiro. Ainda não estamos de volta à essa fase pré-Covid, quando um piloto como ele poderia ter contratos milionários», avançou o italiano, referindo-se à adoção de tetos salariais durante a pandemia, medida que ainda se mantém em vigor.

Marc Márquez já fez testes de pré-temporada com mota da Ducati (IMAGO)

As opções da Ducati

Para o ano de 2024, a Ducati conta, sem surpresas, com Francescco Bagnaia – bicampeão mundial – e Enea Bastianini. Apesar de ambos os pilotos terem contrato até ao fim da próxima temporada, é esperado que Pecco renove com a equipa, no entanto, o caso é diferente para o outro italiano, deixando em aberto uma luta pelo apetecível lugar.

Mas o construtor tem ainda de pensar na Pramac, onde atua Jorge Martín e Franco Morbidelli, cujos vínculos também terminam em 2024. Se Márquez ocupar uma destas posições, isso significa que estará também a fechar portas a outros talentosos pilotos que acabarão por representar os seus rivais, risco que não escapa a Ciabatti.

«Estamos conscientes disso. Penso em Martín, por exemplo. Um talento como ele, se não for para a equipa oficial, pode despertar o interesse de outras montadoras. Mas ele não é o único», disse Ciabatti, referindo-se a Marco Bezzecchi, estrela da VR46, que também ambiciona chegar ao construtor oficial, dando uma (boa) dor de cabeça ao construtor, visto que tem várias opções de qualidade por escolher.