FIA confirma regras mais apertadas para protestos de revisão
Aston Martin, Ferrari, McLaren e Haas fizeram uso deste direito em 2023 (IMAGO/HochZwei)

FIA confirma regras mais apertadas para protestos de revisão

FÓRMULA 119.12.202317:03

Organismo atualizou Código Desportivo Internacional e restringe o uso deste direito por parte das equipas limitando o tempo para o pedir e com a introdução de uma taxa a pagar

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) atualizou o Código de Desportivo Internacional e confirma-se a intenção da FIA apertar as regras de pedido de revisão por parte das equipas. Ainda entre as alterações, confirma-se a atualização do valor máximo das multas para os pilotos, sendo este valor diferente dependendo da categoria em que o atleta compete.

As alterações relativas aos pedidos de revisão foram feitas para evitar um excesso de requerimentos desta ordem, uma vez que, na época de 2023, houve quatro processos deste tipo a serem abertos. Para isso a FIA reduziu o tempo para exercer este direito e a introdução de um pagamento. O processo é pedido quando os líderes de cada monolugar sentem que foram prejudicados com decisão errada dos comissários durante a corrida.

Segundo o documento, as equipas vão agora ter apenas 96 horas para protestarem qualquer decisão feita pelos comissários de corrida durante um Grande Prémio. Na passada temporada, a de 2023, os construtores dispunham de 14 dias para apresentarem um pedido para alterar a decisão dos comissários.

Outra das medidas introduzidas é o pagamento de uma taxa no momento de abertura do caso, «sendo o valor avaliado anualmente pela federação nacional ou pela FIA» pode ler-se no documento. Este valor muda dependendo da modalidade e para a Fórmula 1 deverá estar na ordem dos 6 mil euros.

O CDI diz ainda que «esse depósito será devolvido caso o direito de revisão seja aceite», mas se for rejeitado, não há devolução desse pagamento. Relativamente à última época competitiva, não havia qualquer tipo de depósito a ser feito.

Aston Martin (Arábia Saudita), Ferrari (Austrália), McLaren (Áustria) e Haas (Estados Unidos) fizeram uso deste processo. Só o pedido feito pela equipa de Lawrence Stroll teve parecer positivo da FIA.

Multas com valor máximo de um milhão

Foi uma das propostas mais polémicas quando o órgão internacional autorizou no passado mês de outubro a decisão de aumentar o valor máximo das multas de 250 mil euros para 1 milhão na Fórmula 1, mas com o valor a ficar-se pelos 500 mil noutros desportos motorizados. Agora, confirma-se esta alteração, estando já no CDI atualizado.

O novo regulamento também aproveitou para introduzir limitações no uso de fogo de artifício e sinalizadores nos recintos dos Grandes Prémios. Esta medida deve-se à aprovação do Conselho da União Europeia em proibir a utilização de material pirotécnico em eventos desportivos, devido a questões de segurança.