Dakar 2024: Al-Attiyah e Quintanilla vencem 5.ª etapa sem brilho português
Nasser Al-Attiyah (BRX), nos carros, venceu, esta quarta-feira, a quinta etapa do Dakar e é segundo da geral (IMAGO)

Dakar 2024: Al-Attiyah e Quintanilla vencem 5.ª etapa sem brilho português

AUTOMOBILISMO10.01.202419:38

Catari, ganhador da edição de 2023 nos carros, impôs-se no seu BRX pela primeira vez este ano na competição, enquanto o chileno da Honda foi o mais rápido nas motos. Rui Gonçalves apenas 18.º e João Ferreira 12.º

O chileno Pablo Quintanilla (Honda), nas motas, e o catari Nasser Al-Attiyah (BRX), nos carros, venceram a quinta etapa do Dakar, entre Al-Hofuf a Shubaytah, com 118 quilómetros cronometrados. Num dia de corrida ao sprint, as diferenças foram curtas e já se viu alguma estratégia, pois ninguém queria ser o primeiro a abrir a pista na especial-maratona, de 48 horas de duração, na quinta-feira.

Nas duas rodas, Quintanilla impôs-se ao francês Adrien van Beveren (Honda), que foi segundo, a 37 segundos, e ao australiano Toby Price (KTM), terceiro, a 2.58 minutos.

Rui Gonçalves (Sherco), na 18.ª posição, foi o melhor português das duas rodas, enquanto Bruno Santos (KTM) foi 22.º, António Maio (Yamaha) 25.º e Mário Patrão 34.º, ele que venceu na categoria dos veteranos e lidera incontestavelmente. Alexandre Azinhais (KTM) foi 98.º.

Na classificação geral das motos, Ross Branch (Hero) regressou ao comando, com 1.14 minutos de vantagem sobre o chileno José Ignacio Cornejo (Honda) e 3.47 minutos sobre o norte-americano Ricky Brabec (Honda). Rui Gonçalves, na 15.ª posição, é o melhor representante português, seguindo-se António Maio, na 24.ª.

Nos automóveis, o vencedor de 2023 Nasser Al-Attiyah estreou-se a ganhar na presente edição, deixando o francês Guerlain Chicherit (Toyota) a 1.51 minutos, na segunda posição, e o argentino Juan Yacopini (Toyota) em terceiro, a 1.58 m.

Na geral, o saudita Yazeed Al-Rajhi (Toyota) segurou o comando pelo terceiro dia consecutivo, com 9.03 minutos de vantagem sobre Al-Attiyah e 11.31 sobre o espanhol Carlos Sainz (Audi), que hoje foi apenas 16.º.

Nos veículos ligeiros (SSV), João Ferreira (Can Am), que vencera na véspera, caiu numa duna e partiu um braço da suspensão, chegando apenas em 12.º, a 17.12 minutos do vencedor, o francês Xavier de Soultrait (Bardhal). O saudita Yasir Seaidan (MMP) foi o segundo, a 1.14 minutos, com o checo Jerome de Sadeleer (MMP) em terceiro, a 3.54.

«Estamos tristes e desapontados com o desfecho da etapa porque vínhamos num ritmo muito bom, a ganhar confiança nas dunas e a recuperar mais tempo para a frente, mas o Dakar é assim. Caímos literalmente de uma duna, partimos um braço traseiro no Can-Am e fomos forçados a parar para trocar», explicou o piloto de Leiria, citado pela Lusa, considerando que o atraso foi «um grande balde de água fria, principalmente depois da recuperação», explicou João Ferreira, que continua na 7.ª posição da classe, agora a 30.28 minutos do líder.

Na quinta-feira, disputa-se a primeira parte de uma etapa-maratona de 48 horas, em redor de Shubaytah, num total de 572 quilómetros cronometrados, para o que os pilotos (e os navegadores) terão apenas uma tenda, rações militares e seis litros de água.

As motos e carros que abrem a etapa seguirão um percurso diferente, tornando a navegação mais desafiadora, especialmente com alguns pontos de referência escondidos ao longo da pista. Para além disso, os participantes têm apenas até às 16:00 horas para avançar o máximo possível na etapa antes de se dirigirem a um dos oito acampamentos preparados pela organização e onde não terão assistência.