Os favoritos à conquista do Open da Austrália
Troféu do Open da Austrália (IMAGO/Schreyer)

Os favoritos à conquista do Open da Austrália

TÉNIS12.01.202419:35

Novak Djokovic é, sem surpresas, o principal candidato a levantar o título do Grand Slam dos Antípodas, mas tem pelo menos três grandes rivais que podem causar problemas ao sérvio, tal como Carlos Alcaraz, Daniil Medvedev e Jannik Sinner

É já na madrugada de domingo, dia 14 de janeiro, que começa o primeiro major da temporada, com o início do Open da Austrália, que perdura até ao dia 28 do mesmo mês. Novak Djokovic é o campeão em título e vai à procura do 11.º troféu neste torneio de Melbourne, e o 25.º Grand Slam na sua carreira.

Sem surpresas, o sérvio é o principal candidato à vitória da prova dos Antípodas e a razão é, sobretudo, histórica. O atual número um mundial não perde qualquer encontro neste evento desde 22 de janeiro de 2018, quando caiu aos pés do sul-coreano Hyeon Chung, nos oitavos de final, o que quer dizer que tem uma série de 28 vitórias consecutivas a defender. Curiosamente, foi nesta edição que Roger Federer conquistou o 20.º e último título Grand Slam da carreira. 

Mas voltemos ao tenista de 36 anos para salientar o facto de já ter vencido o Open da Austrália em dez ocasiões, facto que o torna o maior vencedor da história. A primeira foi em 2008 e repetiu a proeza nas temporadas de 2011, 2012, 2013, 2015, 2016, 2019, 2020, 2021 e 2023. Mas o domínio é de tal forma assombroso, que durante toda a sua carreira, nunca saiu derrotado nem nas meias-finais, nem na final, um registo perfeito.

Novak Djokovic é o campeão em título (IMAGO/ABACAPRESS)

Apesar de ter preocupado os fãs com ligeira lesão durante a United Cup, o atleta já treinou noa Rod Laver Arena sem qualquer limitação. Com um jogo muito sólido, serviço colocado e potente e com ameaças de ambos os lados – a sua esquerda e direita – o atual número um mundial já provou que consegue fazer de tudo um pouco. Consegue vencer longos pontos devido à solidez defensiva, cujos pilares são o seu trabalho de pés e a sua icónica flexibilidade, mas também é capaz de encurtar os pontos, recorrendo a vóleis que aprimorou ao longo da carreira, juntamente com os timings certos de subida à rede. E, claro, é portador de uma fortaleza mental inigualável na modalidade.

Mas há sempre concorrentes que pretendem destronar Novak: e como principais suspeitos surgem Carlos Alcaraz (2.º), Dannil Medvedev (3.º) e Jannik Sinner (4.º). 

Carlos Alcaraz

Carlos Alcaraz tem como melhor resultado neste Grand Slam a terceira ronda alcançada em 2022 (IMAGO/AAP)

O espanhol de 20 anos, prodígio já de pés bem assentes na elite do ténis, conseguiu já uma das proezas mais difíceis da modalidade, já que derrotou o sérvio na final de Wimbledon de 2023, onde Djokovic não perdia desde 2017. O tenista de Múrica tem ao seu dispor um arsenal muito completo, com destaque para o mortífero amortie, mas pode mostrar-se algo precipitado nos momentos mais importantes do encontro. Refira-se que o jogador não esteve presente na edição de 2023 devido a lesão. Assim, tem como melhor registo nesta prova uma modesta terceira ronda, quando tinha apenas 18 anos.

Daniil Medvedev

Daniil Medvedev foi finalista da prova nas edições de 2021 e 2022 (IMAGO/ABACAPRESS)

O moscovita procura ainda o primeiro título no Open da Austrália, mas sabe o que é vencer um Grand Slam em piso rápido (US Open de 2021, frente a Nole), por isso, sabe bem que pode tomar o número mundial nas mesmas condições, sendo um dos poucos atletas que consegue fazer frente a frente, se não mesmo vencer o sérvio em longas trocas de bola, com uma esquerda a duas mãos praticamente infalível. O mesmo se pode dizer do serviço do russo, tanto do primeiro como do segundo, dando a Medvedev a capacidade de acelerar o ritmo de jogo quando necessitar.

Jannik Sinner

Jannik Sinner foi eliminado na quarta ronda do Open de Austrália de 2023 (IMAGO/ABACAPRESS)

Jannik Sinner foi, possivelmente, o tenista em melhor forma na reta final de 2023. Bateu o sérvio em duas ocasiões – na fase de grupos das ATP Finals e na meia-final da Taça Davis -, conquistou o ATP 500 de Viena, o de Pequim e tornou-se vice-campeão das ATP Finals, mas tal como o terceiro cabeça de série, ainda não efetuou qualquer partida em 2024. 

O italiano pode não ter o melhor jogo de serviço, aspeto importante para piso rápido, mas a agressividade do seu estilo de jogo, tanto com a pancada de direita e de esquerda tentando sempre comandar os pontos a partir da linha de fundo do court, causam sérias dificuldades aos adversários e tornam o transalpino um candidato ao troféu.