Nuno Borges tem tudo para estar na elite mundial, diz João Sousa
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Nuno Borges tem tudo para estar na elite mundial, diz João Sousa

TÉNIS22.01.202418:35

Orgulhoso do feito de Nuno Borges no Open da Austrália, João Sousa antecipa que o n.º1 nacional tem tudo para se manter na elite

«Como português, e todos os portugueses estamos orgulhosos pelo que Nuno (Borges) fez (no Open da Austrália). É um marco importante para o ténis nacional», disse João Sousa, tenista que atingiu por duas vezes os oitavos de um Grand Slam (US Open, 2018 e Wimbledon, 2019).

«O Nuno tem vindo a evoluir muitíssimo nos últimos tempos e tem mostrado que tem ténis para se manter na elite mundial. Fico contente por ele, falamos e tento ajudá-lo. Tem vindo a progredir, é uma referência do ténis neste momento e é sempre bom para o ténis nacional ter referências como ele», acrescentou aos jornalistas no Forte S. Miguel de Arcanjo, onde espreitou, pela primeira vez, o TUDOR Nazaré Big Wave Challenge 2023-2024, etapa do campeonato de Ondas Gigantes da Liga Mundial de Surf (WSL) que decorreu na Praia do Norte, no conhecido Canhão da Nazaré.

«É a primeira vez no evento e na Nazaré. É um pouco triste, mas dado a minha atividade profissional nem sempre tenho possibilidade de visitar bonitos lugares como a Nazaré. É incrível ver as ondas, vê-los a surfar e ver o quanto pequeninos eles são», confessou.

Ajudar Portugal na Taça Davis e as referências 

Para Sousa, em 2024, «o maior foco maior é a taça Davis, evento frente a Finlândia dentro de duas semanas. Ajudar Portugal a alcançar essa tão desejada subida ao grupo mundial», apontou o atual n.º 239 ATP, ex-número 28 do ranking mundial. 

«Estou dia a dia a tentar perceber como vão ser as coisas e como posso adaptar o meu corpo. Tenho sido fustigado pelas lesões e não tem sido fácil para mim continuar a jogar ao mais alto nível, que foi o que sempre fiz», reconheceu o vimaranense, 34 anos.

«Gostaria de acreditar que o meu trabalho e carreira serviu para alguma coisa. Eu, tal como os jogadores anteriores, tivemos um papel fundamental de ser uma referência para os mais jovens. E o ténis português necessita disso. Temos o Nuno e espero ter no futuro mais jovens a praticar e a acreditar que podemos fazer grandes feitos no ténis», desejou João Sousa. 

Assumindo não estar muito familiarizado com o ténis feminino nacional, não deixou de falar de Francisca Jorge, tenista que se estreou num Grand Slam (eliminada na primeira ronda de qualificação do Open da Austrália). “No ténis feminino já tivemos no passado muitas referências. Agora temos as irmãs Jorge, a Francisca esteve na Austrália. É importante para os mais jovens e se tivermos mais jovens a querer ser profissionais, já é um grande passo e acredito que no futuro vamos ter mais”, finalizou.