Nuno Borges: «Acreditei sempre que venceria e agora vou com tudo»
Nuno Borges, número 69 do ranking ATP, analisou o encontro com Marterer e lança já o próximo, frente ao espanhol Fokina

Nuno Borges: «Acreditei sempre que venceria e agora vou com tudo»

TÉNIS15.01.202418:00

Jogador qualificou-se, pela primeira vez, para a segunda ronda de singulares do Open da Austrália, batendo o alemão Maximilian Marterer e já antevê outro duelo difícil contra o «extravagante» espanhol Alejandro Davidovich Fokina (23.º ATP)

Nuno Borges confessou ter acreditado «do início ao fim que podia ganhar» ao alemão Maximilian Marterer, esta segunda-feira, e qualificar-se, pela primeira vez, para a segunda ronda do quadro de singulares do Open da Austrália.

O maiato, número 69 do ranking ATP, travou um encontro muito equilibrado com o adversário germânico (96.º ATP) no ‘court’ 12 de Melbourne Park, onde conseguiu carimbar o trunfo, por 3-0, pelos parciais de 7-5, 7-6 (7-3) e 6-2, após duas horas e 30 minutos,

«Foi um início de encontro bastante duro, com um par de ‘breaks’ no início do primeiro set. As bolas bastantes abertas, estava um calor tremendo no campo e consegui muito bem dar a volta no final do set. Acreditei do início ao fim que podia ganhar e acho que isso me ajudou imenso. Mas sabia que tinha um jogo duro, ele servia muito bem, eu sempre à espera da oportunidade», começou por analisar Nuno Borges.

Apesar de ter passado para a frente do marcador, o encontro manteve-se muito disputado na segunda partida, decidida apenas no ‘tie-break’, antes de Nuno Borges sentenciar o triunfo no terceiro set, após registar um total de 48 ‘winners’, 18 dos quais ases, sob o olhar atento de «muitos portugueses, o que «foi ótimo de ver».

«No segundo set ainda tive uma ou outra chance, mas ele serviu bem. Sabia que se ganhasse aquele ‘tie-break’, o ascendente ia ser meu e ele provavelmente ia deixar de acreditar, o que só me deu mais vontade. Acho que fiz um bom encontro, servi muito bem no geral, estava adaptado às condições, fiz o meu trabalho, mantive-me muito bem mentalmente e acho que compensou» acrescentou o número um português, em declarações à Lusa.

Depois de ter sido eliminado na estreia em 2023, Nuno Borges, de 26 anos, igualou o seu melhor resultado em torneios do Grand Slam, atingindo a segunda eliminatória em Melbourne tal como no Open dos Estados Unidos em 2022 e Roland Garros 2023, e vai defrontar agora o espanhol Alejandro Davidovich Fokina (23.º ATP), que eliminou o francês Constant Lestienne (84.º ATP).

«Já defrontei o Fokina nos juniores, mas claro que agora é um jogador completamente diferente. É um bocadinho mais extravagante em termos de personalidade, já na altura era, e sei que consegue jogar a um nível inacreditável, às vezes, muito sólido. Já o vi ganhar aos melhores do mundo, portanto estou à espera de grandes dificuldades. Ele ganhou em três sets, portanto vai estar tranquilo», antecipa Nuno Borges, reconhecendo que terá de «jogar ao melhor nível para ganhar».

«Espero estar à altura. Tenho me sentido bem e hoje consegui lidar, mais ou menos bem, com o calor, apesar de não ter apanhado as horas mais quentes. Estou motivado e a pressão está do lado dele. Vou com tudo, para o que der e vier», conclui o português.