«Mete o Neemias!» A claque portuguesa que foi ver os Celtics
Fotografia Ivo Martins/A BOLA

«Mete o Neemias!» A claque portuguesa que foi ver os Celtics

BASQUETEBOL21.03.202411:33

Apresentador Pedro Fernandes fez-se ouvir no TD Garden e o poste português escutou-o e bem no banco dos Celtics. Será que Joe Mazzulla também ouviu?

Tal como acontecera segunda-feira contra os Detroit Pistons, na vitória da noite de quinta frente aos Milwaukee Bucks, por 122-119, Neemias Queta voltou a contar com uma claque particular de 22 portugueses no TD Garden que não deixaram de o apoiar apesar de estar no banco, à civil, por não ter feito parte dos convocados por Joe Mazzulla no sétimo triunfo consecutivo da equipa que concluiu a conquista do título da Divisão Atlântico.

No grupo, que incluía três vencedores dos lançamentos de meio-campo que costumam acontecer numa das jornadas semanais da Liga Betclic masculina ao longo da temporada e cujo prémio é precisamente poder viajar aos Estados Unidos para assistir a um jogo da NBA do clube onde atua o poste português, encontravam-se a atriz Rita Pereira e o marido Gillaume Lalung, ambos ex-jogadores de basquete, o apresentador da rádio e televisão Pedro Fernandes, assim como os influencers Carina Caldeira e Daizer e a ex-estrela da WNBA Ticha Penicheiro que, a par de Neemias, é embaixadora do campeonato da Liga Betclic feminina.

Já tendo apoiado Neemias no embate anterior gritando pelo seu nome, desta feita a claque vinha mais preparada para se faze ouvir, só que como o internacional luso não se equipou, alguns dos cânticos ficaram guardados.

Mas com Luke Kornet e Xavier Tillman (3 res, 2 ass, 1 rbl) a produzir pouco nos 9 e 14 minutos que, respetivamente, estiveram em campo, houve quem desesperasse por Queta não ter tido essa oportunidade. Assim, num momento mais calmo da partida, gritou lá bem de cima do último anel do TD Garden: «Mete o Neemias, ca*****!!!». O grito foi tal que Neemias levantou a cabeça, olhou naquela direção e, rindo-se, levantou o braço a saudar o grupo com quem, na véspera, estivera a conviver e jantar durante algumas horas.

Ouviu o grito das bancadas? «Sim, ouvi. Até olhei naquela direção», confirmou mais tarde a A BOLA.

Quem gritara? Pedro Fernandes, que como o próprio confessou, aguardara pela altura ideal. «É claro que esperei pelo momento certo em que o pavilhão estava em silêncio para lhe gritar. Mas, no fundo, não era para o Neemias, mas para o treinador porque o Neemias não podia jogar. Nem sequer estava equipado», começa por dizer.

«Mas, tal como prometi nas minhas redes sociais, gritei em bom português: ‘Mete o Neemias….’ O resto é aquilo que sabe», acrescenta de sorriso rasgado. «Mas ele não o fez entrar…», lamenta já entre gargalhadas.

«E o Neemias ouviu e saudou-nos, o que é incrível. Nunca achei que iria ouvir porque estávamos mesmo lá em cima, bastante longe. O que é certo é que consegui projetar a voz de forma a que conseguisse escutar. O problema é que fiquei um bocadinho rouco para o karaoke onde ainda queremos ir esta noite. Não sei como vai ser…», conta.  

«O mais engraçado é que ele fez sinal de que tinha ouvido e estava à nossa procura, mas depois levantámo-nos todos a gritar por ele e acho que conseguiu ver onde estávamos», diz satisfeito pela missão cumprida.

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E o que achou do jogo? «Emocionante! Ainda melhor do que o anterior, contra os Pistons. Até porque os Bucks também deram mais luta. Foi mais renhido. Apesar dos Celtics terem chegado a deter 21 pontos de vantagem, acabaram só com três. Não podiam ter adormecido no pedaço, mas felizmente conseguiram ganhar e mantêm o primeiro lugar desta Conferência Este – estou um especialista incrível – e estão de parabéns», diz, concluído que estava o seu segundo jogo de sempre da NBA ao vivo.

O único senão destes dias foi não ter visto o Neemias a jogar? «É verdade, trazíamos essa esperança. Ainda por cima viemos na semana em que atuavam duas vezes em casa, contava que ele entrasse algum tempo. Apesar de termos estado com ele, foi uma desilusão para todos. Mas melhores dias virão, penso que ainda tem muito para dar na NBA e nos Boston Celtics», concluiu.