Jasper Philipsen conquista Milão-Sanremo

Jasper Philipsen conquista Milão-Sanremo

CICLISMO16.03.202416:01

Belga da Alpecin-Deceunick, considerado o melhor velocista do WorldTour, contrariou o favoritimso de Tadel Pogacar (UAE Emirates) e do seu companheiro equipa Mathieu van der Poel e alcança a primeira clássica-monumento

Jasper Philipsen venceu a clássica Milão-Sanremo este sábado, conquistando o seu primeiro monumento, ao impor-se, em sprint, num grupo de 12 unidades que se apresentou à discussão do triunfo na icónica Via Roma, na cidade costeira da Ligúria.

O belga da equipa Alpecin-Deceuninck, considerado por muito o melhor sprinter do WorldTour, bateu por escassos centímetros o australiano Michael Matthews (Jayco ALUla), segundo classificado, e o principal favorito à vitória pelo segunda ano consecutivo, Tadej Pogacar (UAE Emirates), que fechou o pódio na terceira posição. Ainda não foi desta que o esloveno ganhou a corrida italiana, o monumento inaugural na temporada e um dos dois (além da Paris-Roubaix) que lhe falta.

Mathieu van der Poel (Alpecin-Deceuninck), vencedor da edição de 2023, ficou na 10.ª posição, e Matej Mohoric (Bahrain-Victorious), ganhador em 2022, terminou em sexto, ambos com o mesmo tempo de Jasper Philipsen.

Na subida da Cipressa, a penúltima da corrida, sucederam-se as movimentações estratégicas entre os candidatos à vitória, após a equipa UAE Emirates, de Tadej Pogacar, ter imprimido, desde o sopé, um ritmo bastante forte no pelotão, reduzindo-o rapidamente a cerca de 50 unidades.

No entanto, com a avançar da subida começaram a faltar forças e elementos de trabalho à formação árabe, que se viu forçada a reduzir o andamento para não deixar o seu líder isolado.  Na descida da Cipressa ocorre uma queda entre dois corredores que resistiam em fuga, anulando-a definitivamente.

Novo ponto de decisão no Poggio, a derradeira ascensão da clássica, por tradição onde esta mais vezes se define. Na aproximação à subida, curta, mas íngreme, as equipas começam a revezar-se para posicionarem o melhor possível os seus líderes.

Curiosamente é uma formação Continental, a Tudor, a comandar o grupo da frente nas primeiras rampas do Poggio, mas a 2,5 quilómetros do cume a UAE Emirates voltou à cabeça da prova para aumentar o ritmo para Pogacar, por Tim Wellens, à semelhança do que o belga fizera na edição de 2023.

O esloveno lançou, então, o previsto ataque a 1 quilómetro do topo do Poggio, com uma primeira resposta eficaz dos principais concorrentes. Mas Pogacar contra-atacou, a cerca de 300 metros do alto, e abriu cerca de 10 metros para os perseguidores liderados por Mathieu van der Poel, conseguiu agarrar a roda do esloveno nas primeiras centenas de metros da sinuosa descida.

Nesta, junta-se ao duo da frente o britânico Tom Pidcock, o esloveno Matej Mohoric (vencedor em 2022) e Mads Pedersen. Todavia, na base da descida formava-se um grupo de cerca de uma dezena de unidades.

Nos dois últimos quilómetros sucederam-se os ataques, mas todos neutralizados, deixando a decisão do vencedor para sprint final. Apertadíssimo, entre dois velocistas, Jasper Philipsen e Michael Matthews, com o triunfo a sorrir ao belga da Alpecin-Deceuninck. O grande favorito, Tadej Pogacar fechou o pódio, na terceira posição.