Coimbra fecha Seleção para o Mundial

Competição, que começa amanhã, é a última oportunidade para os mínimos que dão acesso a Doha. Equipa conta com oito nadadores. Francisca Martins quer estar nos Jogos de 2024

Será que mais alguém consegue integrar a equipa de oito nadadores já qualificados para o Campeonato do Mundo Doha-2024, em fevereiro? Último grande momento da temporada antes dos Jogos de Paris-2024. Ou entrar para o projeto olímpico do COP ainda em 2023? Estas são as principais expectativas para o Coimbra Swim Open que, entre amanhã e domingo, decorrerá no Complexo Olímpico em piscina longa.

Momento que intercala três semanas consecutivas de competição: com a Seleção a ter estado no 22.º Europeu de Otopeni-2023 enquanto a maioria dos nadadores marcou presença no Campeonato Nacional de piscina curta em Leiria e o aguardado Nacional de clubes da próxima semana.

«Apesar de não ter saído o plano de alto rendimento, se houver algum nadador que faça mínimos para o Mundial em Coimbra, esses tempos serão considerados para ir a Doha. O prazo dado contempla ainda esta prova», assegurou o diretor desportivo da federação José Machado a A BOLA. 

«O principal objetivo da competição é mesmo esse, assim como dar uma última oportunidade para integrar atletas na preparação olímpica até fechar o ano, pois está previsto apoio do Comité Olímpico para quem faça marcas que fiquem a meio por cento do mínimo para os Jogos. A partir de 1 de janeiro só contemplará quem fizer mesmo o mínimo [A] de qualificação. São duas hipóteses que podem ser exploradas pelos atletas que participarem», acrescentou Machado que recorda que para o Mundial Portugal irá apostar também na estafeta masculinas de 4x100 estilos, aquela que tem boas hipóteses de se qualificar para os Jogos franceses.

Note-se que Coimbra Swim Open irá igualmente fechar a qualificação da Seleção júnior para o Open de Flanders, em Antuérpia (Bélgica). 

Francisca acredita no objetivo

Uma das nadadoras que estará em ação no evento é Francisca Martins, já qualificada para o Mundial de Doha os 200 e 400 livres e que na passada semana brilhou no Euro de Otopeni-2023, em piscina curta, onde foi 5.ª na final dos 400 livres com recorde nacional (4.04,57m) e também semifinalista nos 200 livres com novo máximo nacional (14.ª, 1.56,81). 

Agora, o objetivo é a qualificação para os Jogos de Paris-2024, para os quais ainda apenas estão apurados Diogo Ribeiro (50, 100 livres, 100 mariposa), Miguel Nascimento (50 livres), João Costa (100 costas) e Camila Rebelo (200 costas). 

«Sim, estou confiante que é possível a qualificação aos 400 livres. Estou a trabalhar para isso. Já no final da época passada fiquei muito perto. E isto apesar de no início da temporada não ter esse objetivo. Nessa altura ainda estava um pouco longe, só que tive uma evolução muito boa ao longo do ano, o que me fez acreditar. Posso dizer que estou confiante que o irei fazer», declarou a nadadora do Foca que não afasta a hipóteses de também estar na capital francesa aos 200 livres. 

«Aí estou um pouco mais longe mas é uma prova onde ainda posso evoluir bastante, na qual ainda não cheguei ao máximo das minhas atuais capacidades, por isso não ponho de parte também fazer os mínimos. Mas o objetivo principal são mesmo os 400», reforçou. 

Note-se que caso Francisca consiga mínimos A aos 400 livres para os Jogos de Paris, poderá também disputar os 200 livres caso tenha mínimo B. O que ainda não acontece.