Vizela-Chaves: morrer ou sobreviver
A desilusão de Samu em Famalicão (Imagem: Estela Silva/Lusa)

ANTEVISÃO Vizela-Chaves: morrer ou sobreviver

NACIONAL15.04.202408:00

Frente a frente vão estar o último e o penúltimo classificado, a fechar a 29.ª jornada da Liga

Vizela e Chaves estão nos lugares que nenhum clube gostaria de estar: os dois últimos, que os obriga a descer de divisão. Frustração é um sentimento partilhado por Rubén de la Barrera e Moreno, dois treinadores que encaram este confronto com uma mentalidade semelhante: morrer ou sobreviver. Os mais recentes desempenhos mostram que os dois clubes estão a naufragar e à espera de um salvamento milagroso,

Vizela e Chaves, separados por dois pontos, vão fechar a 29.ª jornada da Liga e aconteça o que acontecer não vão conseguir subir na tabela, ficando depois apenas mais quatro jornadas para se salvarem, contudo, uma vitória deixa qualquer um mais próximo de, pelo menos, subir ao lugar de play-off de manutenção, onde está neste momento o Portimonense, com 27 pontos.

Os dois clubes já mediram forças em 36 ocasiões e o equilíbrio prevalece, com 11 vitórias para o Chaves e 12 para o Vizela. Registaram-se ainda 13 empates. Para o campeonato realizaram-se três jogos entre as duas equipas, com dois empates e um triunfo do Chaves. Em Vizela, a última vitória (1-0) da equipa da casa frente ao Chaves foi na época 2006/07, na Liga 2.

Na primeira volta, em Trás-os-Montes, o Chaves levou a melhor ao vencer por 2-1.

Vizela

O Vizela entra novamente nesta jornada no 17º lugar, acumulando até agora 21 pontos. Ao longo da época, a formação minhota conquistou quatro vitórias, nove empates e sofreu 15 derrotas, com um saldo de 28 golos a favor e 59 contra.

Nos últimos dez desafios, os vizelenses triunfaram apenas duas vezes (Farense e Gil Vicente), empataram duas (Portimonense e Vitória de Guimarães) e perderam seis, entre eles os três últimos encontros (FC Porto, Casa Pia e Famalicão).

Em casa, o Vizela é atualmente a equipa com pior desempenho do campeonato, tendo conquistado apenas 10 pontos em 42 possíveis, com duas vitórias, quatro empates e oito derrotas. Os minhotos marcaram 15 golos e sofreram 30.

Onze provável: (4-4-2): Buntic; Tomás Silva, Jota, Anderson, Matheus Pereira; Lokilo, Busnic, Samu, Lacava; Petrov e Essende.

Lesionados: Bruno Costa

Castigados: nada a assinalar

A figura: Samu

O capitão do Vizela continua a ser o jogador mais influente desta equipa. A determinação e crença são caracaterísticas que Samu imprime durante os jogos e nesta reta final terá de se superar para conseguir os objetivos do clube.

O que disse Rubén de la Barrera na antevisão: «A união é a nossa maior fortaleza porque sem isso é impossível ganhar. Podemos falar de tática, de estratégia, de motivação, vinte mil coisas, mas, sem união, é impossível alcançar um objetivo tão importante como é a manutenção. Ao longo de toda a época tivemos melhores resultados fora do que dentro de casa. Queremos fazer do nosso estádio um forte, mas há seguramente muitas causas que levam a esse facto».

Chaves

A equipa transmontana está na última posição, com 19 pontos, e também chega a este encontro após três derrotas consecutivas e sem vencer há seis jogos seguidos. Além disso, os flavienses não ganham fora de casa há 11 partidas consecutivas, com sua única vitória nesse contexto ocorrendo em 01 de outubro, no terreno do Arouca, por 0-1.

O Chaves possui o pior ataque do campeonato, com apenas 27 golos marcados em 28 jogos, e a pior defesa, com 60 golos sofridos. Como visitante, é a equipa com pior desempenho do campeonato, com apenas sete pontos em 42 possíveis, fruto de uma vitória, quatro empates e nove derrotas, e um saldo de oito golos marcados e 29 sofridos.

Onze provável: (4-1-4-1): Rodrigo Moura; Júnior Pius, Vasco Fernandes, Ygor Nogueira, Carraça; Dário Essugo; Leandro Sanca, Raphael Guzzo, Ricardo Guima, Benny Sousa; Hector Hernández.

Lesionados: Bruno Rodrigues, Cafu Phete e Sandro Cruz.

Castigados: nada a assinalar

A figura: Héctor Hernández

A equipa transmontana tem 27 golos marcados no campeonato, 14 são de Héctor Hernández, ou seja, mais de metade. A influência do ponta de lança espanhol na equipa de Moreno é inegável e vão precisar do seu faro de golo nestes últimos jogos.

O que disse Moreno na antevisão: «O grupo está a encarar o jogo com a mesma seriedade e o mesmo profissionalismo que nos tem trazido até ao dia de hoje e assim será até ao último dia. Não fugimos da nossa realidade, é difícil este nosso momento, mas aqui não há ninguém que deite a toalha ao chão».

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