Vítor Campelos: «Estamos atentos ao mercado»
Vítor Campelos, orientou Félix Correia no Gil Vicente (IMAGO)
Foto: IMAGO

Vítor Campelos: «Estamos atentos ao mercado»

NACIONAL05.01.202412:41

Técnico do Gil Vicente sublinha que o mais importante é «potenciar» os jogadores que tem à disposição, mas abre a porta a reforços já em janeiro; vitória frente ao Boavista não deve causar «relaxamento»

Vítor Campelos espera um Gil Vicente «concentrado e competitivo» na visita dos 'galos' a Faro, na 16.ª jornada da Liga.

Na conferência de antevisão à partida frente à equipa orientada por José Mota, o treinador dos gilistas vinca que «trabalhar sobre vitórias é melhor», mas garante um plantel «motivado e com os pés assentes na terra». 

Sobre o mercado de inverno, Vítor Campelos frisa que «todos os treinadores gostam de ter os melhores jogadores», embora realce a ideia de que o mais importante é «potenciar» os jogadores que tem à disposição.

- Estão reunidas as condições para um bom jogo em Faro, tendo em conta o momento das duas equipas?

- «Como digo em todos os jogos deste campeonato, vai ser um jogo bastante competitivo, até porque à imagem das equipas do treinador José Mota, o Farense é bastante competitivo. Têm feito um campeonato interessante até aqui, e nós sabemos que ganhando igualamos, em termos pontuais, este nosso adversário. Estamos motivados, sabemos aquilo que vamos encontrar. Temos de ser uma equipa bastante competitiva, concentrada e muito focada. Vai ser essa a exigência do jogo, vamos encontrar uma equipa com jogadores de muito boa qualidade. Temos de estar muito fortes e concentrados, mas também muito confiantes das nossas capacidades, respeitando sempre o nosso adversário e tentando ficar com os três pontos.»

- É mais fácil preparar este jogo depois da vitória frente ao Boavista?

«Há uma frase que utilizamos muito no futebol, que é ‘a cara de quem ganha é sempre diferente da cara de quem não ganha’. Acima de tudo, acho que os jogadores estão focados desde o início na meta que queremos atingir, não só o momento. Sabemos que o presente é o mais importante, o próximo jogo é sempre o mais importante. Trabalhar sobre vitórias é sempre melhor, mas isto é muito efémero. Enquanto se ganha, está tudo bem, quando se perde está tudo mal. Por isso, temos de continuar a trabalhar de forma rigorosa, em nenhum momento pode haver relaxamento. Muito melhor quando se ganha, mas não podemos entrar em desespero quando não se ganha, temos de manter o foco e o equilíbrio.»

É essencial ganhar este tipo de jogos, contra adversários diretos, nesta altura?

- «É essencial fazer tudo para ganhar todos os jogos, porque o campeonato é uma maratona. Queremos atingir os nossos objetivos, de consolidar o Gil Vicente na Primeira Liga, o mais rápido possível. Quanto mais depressa amealharmos esses pontos, melhor. É um jogo de grau de dificuldade elevado, com toda a certeza o nosso adversário pensa o mesmo. Por isso, queremos chegar a uma pontuação que nos dê a manutenção na Primeira Liga. Temos de ter os pés bem assentes na terra, não ficarmos em euforia quando ganharmos, nem melindrados quando tivermos um resultado menos positivo. Queremos deixar sempre tudo em campo, até à última gota de suor para que os resultados sejam positivos.»

- O que espera do mercado de transferências de inverno?

- «Como disse sempre, o plantel de equipas como o Gil Vicente está sempre em aberto, mesmo quando há outros mercados abertos. Temos de estar atentos a isso, porque o Gil Vicente tem tido sempre jogadores bastante cobiçados. Nós estamos preparados para isso desde o início da época, e com toda a certeza o nosso diretor-desportivo está atento a isso e temos falado. Nesta altura, temos de estar focados no nosso dia-a-dia e nos jogos que temos pela frente, mas sempre preparados para que possa haver uma mudança. Nesse caso, também estamos atentos ao mercado e a jogadores que nos possam interessar.»

- A recente saída do presidente pode mexer com a equipa?

- «A ideia que nos foi transmitida desde o primeiro dia foi sempre de estabilidade, por isso temos de pensar no nosso trabalho e focar-nos só nos jogos. Em termos da direção, nós e os jogadores temos sentido sempre grande apoio.»

- É preciso retocar a equipa em certos pontos ou apenas haverá entradas caso saia algum jogador?

- «Nós estamos atentos. Neste momento não posso dizer se vai haver saídas. Temos tido algumas lesões de longa duração, pode ser que haja uma ou outra situação pontual em que possamos reforçar a equipa. Os treinadores e os clubes gostam de ter sempre os melhores jogadores, e de ter sempre a equipa reforçada. Estamos atentos a isso, mas o mais importante é potenciar aqueles que temos e trabalhar bem o próximo jogo.»

- Há alguma meta pontual até ao final do ano?

- «Ainda faltam dois jogos para terminar a primeira volta. Mentiria se não dissesse que gostava de ultrapassar a barreira dos 20 pontos na primeira volta, é algo que eu gostaria. Aqui ou ali, se calhar nesta altura podíamos ter mais alguns pontos. Agora temos de perceber aquilo que temos, com os pés assentes na terra e de uma forma muito séria olharmos para a frente.»