Uma em cada cinco futebolistas do Mundial feminino recebeu ofensas nas redes sociais
IMAGO / ZUMA Wire

Uma em cada cinco futebolistas do Mundial feminino recebeu ofensas nas redes sociais

INTERNACIONAL11.12.202320:14

O número de jogadoras que recebeu mensagens discriminatórias, ofensivas ou mesmo ameaças nas redes sociais durante o Mundial 2023 foi divulgado, esta segunda-feira, pelo Sindicato Internacional de Futebolistas

De acordo com um documento divulgado esta segunda-feira pelo Sindicato Internacional de Futebolistas e pela FIFA, uma em cada cinco jogadoras presentes no Mundial2023 de futebol, na Austrália e Nova Zelândia recebeu mensagens discriminatórias, ofensivas ou mesmo ameaças, nas redes sociais. 

Apesar dos números, o serviço de proteção nas redes sociais, em funcionamento no último Mundial, pôde salvaguardar cerca de 700 jogadoras e treinadoras. Para isto, foram analisadas 5,1 milhões de publicações e comentários, em 35 línguas diferentes. As redes sociais visadas na ação foram o Facebook, Instagram, Tiktok, Twitter (agora ‘X’) e YouTube, e contemplou ainda contas de 29 árbitras.

De forma mais precisa, 152 jogadoras presentes no Mundial 2023, no qual participou Portugal, receberam mensagens ofensivas. Os conteúdos com insultos homofóbicos e de cariz sexual ou sexista representam praticamente metade deste universo.

Em comparação com os participantes no Mundial masculino de 2022, no Catar, a probabilidade de receber conteúdo deste tipo era 29 por cento mais alta, conclui o relatório.

O serviço de proteção de jogadores (e jogadoras), mencionado anteriormente, arrancou no Mundial 2022. É uma resposta ao «ambiente online tóxico», como indica o presidente do Sindicato Internacional de Futebolistas, e foi também utilizado durante o Mundial sub-17.