Tudo o que disse Rúben Amorim na antevisão ao Portimonense
Rúben Amorim em conferência de Imprensa (D. R.)

Tudo o que disse Rúben Amorim na antevisão ao Portimonense

NACIONAL29.12.202313:44

Leões fecham o ano de 2023 e querem manter a liderança

Rúben Amorim esteve esta sexta-feira em conferência de antevisão à visita a Portimão, o último jogo de 2023 para os leões, que querem começar 2024 líderes do campeonato.

Recorde tudo o que disse o treinador do Sporting

Gyökeres disse que queria fica no Sporting até ao final da época. Como vê estas palavras? Como foi a preparação para o jogo com o Portimonense e como está a situação do Daniel Bragança? «O Daniel treinou hoje e é mais uma opção para o jogo. O Viktor [Gyokeres] não tem quereres, tem uma cláusula, gosta muito de estar cá e está tudo bem. É um jogador que é muito acarinhado por toda a gente, está a ter um desempenho muito bom, a crescer, vejo com bons olhos os jogadores gostarem de estar cá. O Portimonense, é sempre uma equipa muito difícil, tem um treinador muito experiente, que tem o trabalho mais difícil na nossa Liga, olhamos para a diferença de jogadores de uma época para a outra, com a quantidade de jogadores que ele traz dos sub-23, o que torna difícil criar uma ideia de jogo e tem conseguido ficar na 1.ª divisão, com muitos jogadores a sair. Será um jogo difícil, não sabemos muito bem o que vamos encontrar. Há duas semanas atrás jogou com três centrais, depois quatro defesas... Vamos olhar também para as individualidades, num jogo perigoso onde as bolas paradas vão ser importantes. Não tendo o Inácio e o Coates, temos de arranjar maneira de contornar isso, mas estamos preparados para o jogo.»

 No final da 1ª volta o Sporting já foi à Luz, Braga, Bessa e Guimarães. Fica a faltar Dragão... É uma segunda volta que está a favor da equipa? Rafael Silva era aquilo que queria para o Sporting? «Vamos esperar para ver, mas é um jogador que apreciamos e que tem características para ser um grande jogador. Em relação às saídas não vejo dessa maneira... vamos jogar com o Rio Ave fora, logo a seguir com o Moreirense, não sabemos quando vamos perder pontos. Os jogos em casa também não têm sido nada fáceis, mas o campeonato ainda vai sofrer alterações, muitas equipas vão perder pontos, nós temos de manter a nossa forma de jogar e temos muita coisa a melhorar. Cada vez mais não interessa muito onde se joga, muita coisa pode ainda acontecer...»

 Tendo em conta as ausências que o Sporting terá em janeiro por causa da CAN, tem de ir ao mercado? «A ida ao mercado não pode ser pensada porque temos problemas de jogadores que vão estar fora um mês. Temos um ou outro alvo que já vem do passado. Mas se não chegarmos a esses, ou a esse, teremos de meter jogadores da equipa B, se for preciso. O que temos é um projeto para o presente e para o futuro, sabemos o tipo de jogador queremos. Não podemos esquecer que somos um clube formador e temos de arriscar nestas fases com jogadores que temos cá.» 

Saiu uma sondagem que o Rúben Amorim foi considerado o melhor treinador do campeonato. Isso dá-lhe mais confiança? «Vale o que vale, nas últimas eleições havia empate técnico entre o PS e o PSD e depois foi maioria absoluta para o PS. Os treinadores são avaliados pelos resultados em campo. Não vamos a votos. As pessoas gostam de mim porque se calhar sou um rapaz simpático. Se fosse baseado em resultados... pelo ano passado, que não foi muito famoso...»

 Vê como sugestão o facto de Gyokeres dizer que o Sporting fica mais perigoso quando joga junto a Paulinho? Só vai sossegar com uma possível saída quando fechar o mercado? «Tudo é possível, os jogadores podem querer ficar mas pode acontecer que muda a nossa forma de ver as coisas. Antigamente era mais difícil para mim porque podia surgir uma proposta não tão aliciante e o jogador tinha de ir, tínhamos outra urgência... Se pagarem a cláusula, o Viktor tem de ir e nós arranjaremos soluções. A vontade do jogador muda como a nossa muda. Nós estamos salvaguardados porque temos uma cláusula que é alta. Estou descansado em relação aos Matheus Nunes, aos Porros... O que importa é que o jogador está contente. Tudo é muito claro entre todas as partes envolvidas. O futebol é mesmo assim, e o Sporting vai sobreviver sem o Viktor. Sobre a questão do Paulinho, O Gyokeres disse que, em certas situações, eram mais perigosos com Paulinho e Viktor, e eu também acho, porque, às vezes, meto o Paulinho e o Viktor. O que vocês disseram, que o Viktor sente que a equipa é mais perigosa, é em certas situações, e não no plano geral. Poderão jogar várias vezes os dois, poderá jogar um ou poderá não jogar nenhum, porque a equipa é mais perigosa de acordo com o adversário que vai enfrentar e as caraterísticas que queremos para o momento. Nesse aspeto, concordo com o Viktor.»

 O Rafael Silva podemos olhar mais para ele como um Inácio ou Diomande? A renovação de Morita é uma segurança para o clube? «O Morita tem uma cláusula muito alta, a forma como olham para o Morita é diferente do Viktor ou Inácio, talvez pela idade. Mais do que renovar, e já aconteceu, por medo de perdê-los, é estar a renovar com jogadores que dão muito à equipa e gostamos muito deles. O Morita é o caso. Via com bons olhos porque gosto que os meus jogadores ganhem mais dinheiro e estejam contentes. Sobre o Rafael Silva, ele ainda não foi apresentado, mas provavelmente será jogador do Sporting, vamos esperar que seja apresentado. As características para se ser jogador do Sporting têm de ser muito boas.»

 O Sporting tem mais a perder do que a ganhar com o Portimonense? Presença de Morita, Catamo e Diomande é tranquilidade? «É porque temos mais opções. Calha bem porque o Hjulmand e o Inácio estão castigados. Os jogadores de equipas grandes tem coisas boas, mas têm sempre muito mais a perder do que a ganhar. O que passou para trás não conta. Se o Portimonense conseguir sair com a bola, ter bolas paradas... Interessa o momento e temos de estar preparados para isso, queremos manter a nossa posição e só precisamos de ganhar, não precisamos de olhar para ninguém.»

A cláusula do Gyokeres tranquiliza-o realmente e há a possibilidade de ele renovar? «Estamos condenados a ver estes jogadores passarem fugazmente pela Liga, não conseguimos pagar os mesmos ordenados, temos contas para pagar, por não haver grandes investidores, a Liga não tem grande expressão... Sobre a renovação, isso é problema do Viana, já tenho mais em que pensar. Neste momento, 100 milhões em janeiro não é assim tão fácil de pagar, se pagarem o Sporting fica com 100 milhões. Iríamos sofrer muito sem ele, teríamos de mudar a forma de jogar, mas teríamos uma contrapartida gigante.»