Tozé Marreco: «Revolução na equipa? Só se fosse pouco inteligente»
Tozé Marreco, treinador do Gil Vicente

Tozé Marreco: «Revolução na equipa? Só se fosse pouco inteligente»

NACIONAL19.04.202413:52

Treinador estreia-se no banco do Gil Vicente este sábado, na casa do Moreirense

A visita do Gil Vicente ao reduto do Moreirense, agendada para este sábado às 15.30 horas, assinala a estreia de Tozé Marreco como timoneiro dos galos.

Na sequência de uma derrota expressiva sofrida na última jornada do campeonato, na receção ao Sporting (0-4), o novo técnico dos gilistas quer devolver os triunfos à equipa e entrar com o pé direito em jogos do principal escalão do futebol português, e logo num terreno historicamente complicado para o emblema de Barcelos.

Questionado sobre uma possível revolução no onze dos galos e nas ideias que pretende implementar, sublinhou: «Só se fosse pouco inteligente é que não ia aproveitar aquilo que o mister Vítor Campelos fez. Vou pegar no que de bom existe e adaptar ao modelo que jogo que quero implementar.»

O grupo que encontrou estava «desconfiado de si próprio», diz: «Um grupo que, obviamente, estava no primeiro dia desconfiado de si próprio, mas faz parte, é normal. Eu não sou mágico, não sou milagreiro e sozinho não vou conseguir fazer absolutamente nada. Aquilo que queremos melhorar está claramente identificado, da parte ofensiva e defensiva e agora é trabalhar sobre isso, sabendo que a organização é um ponto fulcral da equipa. Durante esta semana trabalhámos o mais importante e agora temos de conciliar isso à outra parte, que é a qualidade individual, porque a qualidade técnica só não chega. Também fomos capazes de aliar isso a outra qualidade: à crença e à ambição e sacrifício, para saber como atacar esta fase final do campeonato.»

Acerca do conjunto de Rui Borges, frisa que espera encontrar uma equipa «muito forte»: «O Moreirense está a fazer um campeonato muito consistente. Sabemos das dificuldades que vamos encontrar e os pontos fortes, mas também sabemos os pontos a explorar. Estamos absolutamente conscientes e de estratégia definida, portanto o Moreirense vai encontrar um Gil Vicente muito confiante e forte. Contudo, sabemos que não será fácil para ninguém.»

Sobre as contas da luta pela permanência, refere que a matemática «fica para a frente»: «Agora é ganhar três pontos, essa é a minha meta. Não vale a pena pensarmos em mais nada, temos cinco semanas para pensar em três pontos, portanto vamos pensar a cada jornada. Sabemos que, se não pudermos ganhar três pontos em Moreira, será complicado. A matemática deixamos para a frente. A grande vantagem que temos é que dependemos de nós, da nossa organização, vontade e  crença. Passei isso aos jogadores e é isso que exigimos, porque o calendário é difícil para toda a gente. Nesta fase, os jogos transformam-se e há sempre surpresas.»

O Gil Vicente é 14.º classificado, e soma apenas mais um ponto que o Portimonense, em zona de play-off de manutenção, pelo que um triunfo no desafio deste sábado, na casa dos cónegos, pode permitir ao conjunto gilista respirar um pouco melhor.