Sporting: «Acho que ainda não caí em mim»
Miguel Menino foi lançado por Amorim frente ao Estoril (Miguel Nunes)

Sporting: «Acho que ainda não caí em mim»

NACIONAL23.05.202416:21

Miguel Menino recorda como recebeu a notícia de que tinha sido convocado por Rúben Amorim; a estreia pela equipa principal e ser campeão nacional foi cumprir dois sonhos de criança

Em entrevista ao Jornal Sporting, Miguel Menino revelou como viveu o ambiente da estreia pela equipa principal, diante do Estoril, realçando que não estava à espera.

«Acho que ainda não caí em mim quanto a tudo o que aconteceu nas últimas semanas. Ainda não me caiu a ficha, mas foi ótimo e o concretizar do meu sonho de pequenino, mais ainda com o sonho de ser campeão nacional também. Cumpri dois sonhos. Merecia esta recompensa. E foi o que o mister Amorim disse na conferência, eu ajudei nos treinos, tal como outros, e ele quis dar-me esse prémio porque sente que eu fui importante para eles», realçou o médio.

Menino contou como recebeu a notícia da chamada à equipa principal para o jogo com o Estoril: «Estava em casa a jogar Playstation quando soube. Mandaram-me mensagem, vi, mas nem liguei muito e continuei a jogar [risos]. Encaro as coisas sempre com normalidade mas, neste caso, podia ter sido mais efusivo. Não fui talvez porque sou um bocado frio e sou sempre muito racional ou então porque nem tive a real noção do que me estava a acontecer [risos]. As pessoas à minha volta diziam que era bom o mister chamar-me, mas sempre mantive os pés bem assentes na terra e dizia 'vamos ver' e nessa semana até fiquei doente. Por isso, se calhar era a semana em que menos esperava, mas aconteceu.»

O jovem realçou, ainda, que Filipe Celikkaya, que recentemente anunciou a saída do comando técnico da equipa B, como o treinador que mais o marcou: «Foi o primeiro treinador que tive na equipa B, que é um escalão que nos dá maior noção do que é o futebol profissional. Sempre nos transmitiu confiança e fez-nos ver que a realidade fora daqui é bem diferente», aponta - Menino garante que cumpriu um grande objetivo na sua 'segunda casa'.

«O que sempre li ali na Academia é 'o próximo és tu' e serei eu, de facto a ter o nome inscrito no mural. Já lá estão vários amigos e agora o meu nome vai para lá também. Se já ficava contente ao ver o deles, naturalmente que me deixa satisfeito e orgulhoso saber que agora é o meu que vai para lá e que ficará eternizado. O Sporting é como a minha segunda casa. Cheguei aqui com 7 anos e nunca me faltaram com nada. Cresci, fiz-me homem e jogador aqui e, na realidade, não sei o que é viver sem o Sporting na minha vida.»