«Não estivemos tão inspirados mas estamos no Jamor!» - Tudo o que disse Amorim
Rúben Amorim, treinador do Sporting (Miguel Nunes/ASF)

«Não estivemos tão inspirados mas estamos no Jamor!» - Tudo o que disse Amorim

NACIONAL03.04.202400:16

O treinador do Sporting admitiu que o Benfica foi mais forte esta terça-feira no jogo da 2.ª mão das meias-finais da Taça de Portugal

— Está na final da Taça fe Portugal, o que isso significa para a equipa e como analisa este jogo em que o Sporting sofreu muito?
— É muito importante chegar ao derradeiro jogo de uma competição e estamos felizes, é um momento diferente daquele que já vivemos. Mas quer na primeira, quer na segunda parte não conseguimos ter jogo. O Benfica jogou melhor do que nós, entrou mais agressivo, nunca tivemos fio de jogo, passámos muito tempo a defender. Tivemos espaço para ter outra agressividade entre linhas, mas não o fomos e o Benfica, com muita gente pelo meio e muita gente com qualidade, criou-nos muitas dificuldades. Lembro-me de ver Di María parado no flanco à espera da bola e nós não percebermos que seria o momento de ser agressivos porque o Benfica ficaria com menos um na transição defensiva. Mas há dias assim, tivemos outras coisas boas, agarrámo-nos a outras coisas e conseguimos passar a eliminatória, que era o objetivo, mas teremos de ser muito melhores para ganhar o jogo no sábado.

— Leva coisas deste jogo para o de sábado?
— São muito próximos e por isso podemos levar alguma sensação, mas já fizemos jogos destes com outra qualidade com bola, com posses mais longas, portanto cada jogo tem a sua história e temos de ser melhores. Passámos, vamos com esse sentimento, mas como treinador quero ver sempre a minha equipa a jogar no máximo; conseguimos o objetivo mas teremos de melhorar.

Coates já ganhou uma Taça de Portugal, será agora mais especial se o conseguir? Esta qualificação galvaniza mais na luta pelo título?
— Terá de perguntar ao Coates, mas quando ficamos mais velhos se calhar sentimos de forma diferente porque sabemos que estes momentos não duram para sempre... acredito que será especial. Galvanizar mais? Da mesma maneira. Teremos de ser mais inteligentes no próximo jogo, melhores com bola. A equipa do Benfica tem muito talento, mete muita gente na frente... mas a responsabilidade não é só deles, é minha também e acredito que vou conseguir ajudá-los a melhorar para jogarmos melhor e ganharmos o jogo de sábado.

— Mérito do Benfica ou mais demérito vosso o que se passou em campo?
— As duas coisas. Temos de dar mérito ao Benfica, mas faltou-nos mesmo agressividade e qualidade com bola. Houve muito espaço para carregar a bola mas não o fizemos bem, na primeira parte a posse entre os centrais também foi um bocadinho demorada demais, mas agarrámo-nos a outras coisas.

— O que pretendeu com as três substituições ao intervalo?
— Não posso explicar porque daqui a dias temos jogo novamente, mas globalmente quisemos mudar a forma de pressionar, as características dos jogadores... teremos de pensar agora no segundo jogo, tentar adivinhar que jogadores o Benfica vai utilizar e se tudo correr bem depois posso explicar.

— Acha que os jogadores entraram a pensar que seria fácil pelo primeiro jogo e momento do Benfica?
— Não diria isso, entrámos pior do que no primeiro, do qual penso que merecíamos ter saído com maior vantagem, mas no balneário sinto que os jogadores querem muito isto. Jogámos contra um adversário de muita qualidade, não estivemos tão inspirados, mas conseguimos passar e estamos no Jamor.

— Fez gestão para sábado?
— Fiz gestão a pensar em ganhar todos os jogos, como faço sempre.

— Espera ser feliz no Jamor?
— É esse o objetivo, é a primeira vez, ainda me lembro de estar na final como jogador do Benfica... nas outras épocas anteriores não conseguimos lá estar porque fomos eliminados, na última pelo Varzim, temos de relembrar o que passámos para dar valor a este momento.

— A entrada de Catamo foi determinante?
Esgaio não estava mal, mas quisemos pressionar de forma diferente e conseguimos equilibrar um pouco, embora nunca tenhamos dominado o jogo. A única coisa obrigatória era que toda a gente se esforçasse e isso aconteceu.

St. Juste está pronto para jogar mais tempo? Sai confiante para o segundo jogo?
— Neste estava. Tem características diferentes dos outros. Controlou melhor Neres que Osmane [Diomande], que tem mais dificuldade em ir à linha. As duas equipas levam sentimentos bons e maus, nós porque passámos mas jogámos menos bem e o Benfica porque jogou melhor e pode ir mais confiante para o segundo jogo. Mas esse jogo terá uma história diferente.