Destaques do Sporting: Jogo para inglês ver, sonhar e continuar a acreditar
Edwards e Gyokeres formaram dupla perfeita em Alvalade (Miguel Nunes/ASF)

Destaques do Sporting: Jogo para inglês ver, sonhar e continuar a acreditar

NACIONAL05.01.202421:30

Noite para Sir Marcus Edwards dar brilho na boa entrada do leão em 2024; Novidade? Sim... este Sporting consegue golear sem golos de Gyokeres (que fez... hat-trick de assistências); Noite perfeita do leão, que entra no novo ano cheio de saúde

Melhor em campo - Marcus Edwards (8)

Endiabrado. Um jogo para inglês (e o leão…) ver e apreciar. Vários momentos de inspiração que foram determinantes para desbloquear um adversário organizado e que chegava a Alvalade com a lição bem estudada. A cruzar, a rematar e a… marcar. Dois golos, ambos à ‘matador’ trocando os papéis com Gyokeres, que desta vez, esteve em primeiro plano a assistir. Um jogo (e exibição…) de mão cheia (e ainda uma bola no ferro) a mostrar uma das suas melhores versões do inglês esta época. Brilhante.

Adán (6)

Traído. Por um dos (raríssimos) lances de perigo do Estoril. Falamos, claro está, no golo de Cassiano que, mais uma vez, tem origem num pontapé de canto. O espanhol fica, porém, isento de culpas, e até então vinha a ser um espetador atento ao recital ofensivo dos leões, salvo duas ou três ameaças, as quais se opôs com tranquilidade. 

Eduardo Quaresma (6)

Aplaudido. Ganhou a confiança de Rúben Amorim e das bancadas de Alvalade. Um dos mais acarinhados pelos adeptos, pela simplicidade e eficácia de processos. Provou que pode ser opção válida numa noite segura em que até tirou uma bola em cima da linha de golo (54’). 

Gonçalo Inácio (7)

Imperial. Um ‘novo’ patrão na ausência de Coates. Não deu um palmo de terreno a Marqués (que corte aos 38’!), ganhou quase todos os duelos e esteve muito perto de marcar, em duas ocasiões, de cabeça (2’ e 42’). Noite perfeita do central leonino. 

Matheus Reis (6)

Importante. Joga de olhos fechados com Nuno Santos no corredor esquerdo, entendimento que foi proporcionando vários desequilíbrios. Muito regular numa noite nivelada por cima.  

Geny Catamo (6)

Eficiente. Menos entusiasta do que outras ocasiões, é certo, mas com ações positivas nas tarefas defensivas. A fechar o corredor, atento às movimentações de Guitane (foi anulando quase sempre o franco-argelino) com competência.

Daniel Bragança (7)

Maduro. Rúben Amorim tem razão. A inteligência (e criatividade…) tática nunca se perderam, mas está mais consistente, a entender melhor as movimentações da equipa, sem receio do duelo. E se com bola já todos sabem da sua qualidade, sem ela está a crescer. E, dessa forma, a ganhar pontos numa posição que estará órfã de Morita nas próximas semanas.  

Hjulmand (7)

Completo. Capaz de pautar os ritmos do jogo, de encurtar espaços, de pressionar adversários, de tornar o leão mais competente em todas as vertentes do jogo. Está um senhor jogador, bem mais criterioso no passe, como mostrou no lance do primeiro golo de Edwards, que iniciou com um lançamento perfeito do dinamarquês para a desmarcação de Gyokeres

Nuno Santos (8)

Eletrizante. Muito ativo, sempre de dentes cerrados, a fugir da marcação de Rodrigo Gomes. Não desliga e desgasta os adversários com constantes mudanças de velocidade. Excelente assistência para Geny (26’), um chapéu que ficou curto a Carné (34’), um livre (41’) e um remate para defesa apertada (41’). E terminou estando ligado ao terceiro golo, num remate que acabou por ser desviado por Pedro Álvaro para a própria baliza (51’). 

 Gyokeres (8)

Simpático. Sim… não é habitual ter este adjetivo. Mas a noite de ontem provou que o Sporting pode golear com o goleador sueco a ficar em branco. Com idêntico brilhantismo, mas a assistir. Um hat-trick de assistências! Duas para Edwards e outra, imagine-se, a ter origem num lançamento lateral que originou o autogolo de Pedro Álvaro. Terminou ainda com um primeiro passe para Trincão brilhar em mais um golo. Ficou a ‘dever’ um golo aos leões depois de se isolar (87’) mas a atirar ao lado. Poço de força, um coração inesgotável, disponibilidade tremenda.

Pedro Gonçalves (7)

Valente. A forma como se entregou ao jogo, sempre a procurar a baliza adversária, dinâmico nas movimentações. Mas a sorte (para o golo…) parece não estar com ele. Marcou, sim, mas até quando passou para o meio-campo numa arrancada perfeita até à baliza de Carné. E ainda atirou uma bola ao ferro (90+1’). Um Pedro Gonçalves diferente, menos protagonista, mas com influência enorme neste renovado Sporting.

Suplentes

Trincão (7)

Magistral. Aquele remate, colocado com mestria, que deu o quinto golo dos leões. Uma entrada positiva, confiante deste esquerdino, que ainda assistiu Pedro Gonçalves num remate que termina no ferro (90+1’).   

Luís Neto (5)

Seguro. Ordem para segurar e serenar a linha defensiva. Missão cumprida com sucesso. 

Essugo (5)

Calmo. Entrou numa fase em que o jogo se encontrava mais partido, com menos critério, mas nunca perdeu o rumo e foi gerindo bem a posse, disciplinado taticamente. 

Esgaio (5)

Forte. Em algumas incursões no corredor, ambicioso, arrancando aplausos da bancada.

Paulinho (6)

Preparado. Poucos minutos, é certo, mas os suficientes (para um remate com perigo) a provar que pode sempre ser um acrescento à equipa.