Destaques do SC Braga: apenas Moutinho e Banza levaram a Europa azeri(o)
Ponta de lança internacional congolês bem remou contra a maré e ainda conseguiu fazer o gosto ao pé. (Foto: Grasfislab)

Destaques do SC Braga: apenas Moutinho e Banza levaram a Europa azeri(o)

NACIONAL15.02.202423:40

Médio português e ponta de lança congolês remataram contra a (forte) maré que chegou das margens do mar Cáspio; Vítor Carvalho e Rodrigo Zalazar na fuga à mediocridade; Roger emergiu

Matheus (4) – Sendo certo que não teve culpa em qualquer dos quatro golos sofridos, a verdade é que não conseguiu escapar ao naufrágio defensivo. 

Víctor Gómez (3) – Depois da noite desastrosa que teve em Alvalade, no passado domingo, entrou praticamente a… navegar na partida de ontem. O penálti cometido logo aos 19 minutos foi o primeiro sinal de (mais) uma prestação negativa e no reforçar da ideia de que não está, de todo, no melhor momento de forma.

Paulo Oliveira (3) – Viu-se e desejou-se perante as contantes deambulações dos avançados contrários. Pouco intenso nos duelos individuais e sem capacidade de reação para controlar a profundidade quando as bolas eram metidas nas costas do último reduto bracarense.

Niakaté (4) – Também fez parte do desacerto quase total que esteve na origem do deslize minhoto. Ainda tentou retificar a imagem em cima do intervalo, ficando diretamente ligado ao golo do empate (cabeceamento para corte em cima da linha de Marko Jankovic com Simon Banza, na recarga, a faturar), mas a etapa complementar voltou a ser nivelada por baixo. Acabou a ponta de lança.

Borja (4) – Muitos problemas na principal missão (defender) e pouca profundidade no corredor. Especialmente se tivermos em linha de conta que na ala jogou Abel Ruiz e que o espanhol poderia derivar para o centro do ataque para se juntar a Simon Banza se a dinâmica do lateral fosse de maior acutilância ofensiva. O que quase nunca aconteceu.

Vítor Carvalho (5) – Apesar das dificuldades que teve para tentar estancar as rápidas e consistentes transições ofensivas da formação azeri, nunca perdeu verdadeiramente o norte e ainda teve tempo para ir lá à frente dar um ar da sua graça. Rematou perto do poste (49’) e cabeceou à figura (61’).

João Moutinho (6) – A idade dá-lhe a experiência e a maturidade necessárias para evitar entrar em colapso e, como tal, demonstrou a consistência que se lhe reconhece para dar serenidade à equipa, especialmente nas alturas em que as tormentas pareciam não ter fim. Nem sempre foi bem-sucedido, até porque as avalanches vindas do mar Cáspio foram sempre de correntes intensas, mas abnegação nunca lhe faltou. Tal como a frieza para converter com êxito, e de forma irrepreensível, o penálti que ainda dará aos arsenalistas alguma esperança na eliminatória. 

Álvaro Djaló (4) – Dois remates (4 e 48’) e… pouco mais. E ontem, na sequência de um compêndio de erros individuais e coletivos e face à ausência de Ricardo Horta, era ainda mais importante que a irreverência do jovem extremo espanhol viesse ao de cima. Não veio e a equipa sentiu muito essa falta de criatividade no último terço ofensivo.

Rodrigo Zalazar (5) – Começou como 10, como tanto gosta, pisou, por alguns instantes (ainda na primeira parte) o corredor direito, mas nunca as coisas lhe saíram verdadeiramente bem. Mas não atirou a toalha ao chão e ainda transpirou. Além de tentar algumas combinações entre linhas, teve também o mérito de bater o pontapé de canto que acabaria por ser concluído com sucesso por Simon Banza, já depois de um primeiro cabeceamento de Niakaté negado sobre a linha. 

Abel Ruiz (3) – Passou completamente ao lado do jogo. Começou à esquerda, posição que não lhe é desconhecida, mas que claramente não o favorece, passando, depois, para a zona central, funcionando como um nove e meio, no apoio direto ao ponta de lança internacional congolês. Mas quando as coisas nascem tortas… dificilmente se endireitam. O espanhol não entrou bem e nunca conseguiu… entrar na partida. O estranho foi mesmo ter estado em campo até ao fim.

Roger Fernandes (5) – Entrou aos 56’ e consigo levou alguma irreverência para o corredor esquerdo. Numa das várias acelerações que consumou, conquistou o penálti que João Moutinho converteu e que acabou, de certa forma, por amenizar os números da derrota.

Pizzi (4) – Tentou puxar dos galões, mas o momento era de descrença…

Joe Mendes (-) – Nada acrescentou ao flanco direito.

Cher Ndour (-) – Entrou numa fase delicada e nada conseguiu alterar.

Figura: Simon Banza (6)

Se vinha cansado do CAN… não parecia. E se tinha saído de Braga com um golo – na vitória diante do Casa Pia (3-1), a 30 de dezembro -, voltou a Braga… com mais um golo. Oportuno, à ponta de lança, estava no sítio certo para rematar para o empate (44). Antes disso, logo aos 14 minutos, já tinha rematado à figura do guarda-redes contrário, voltando a tentar a sua sorte aos 29’, num cabeceamento que saiu por cima, após canto de João Moutinho.