FC Porto-Boavista, 2-1 Destaques do FC Porto: Zé Pedro arrombou o cofre, Chico e Taremi levaram o ouro
Remate errado de Otávio transformou-se numa assistência para o parceiro do eixo; depois, claro, só podia ser o mini-Conceição a descobrir o iraniano; foi mesmo até à última gota de suor!
Melhor em campo: Francisco Conceição (8)
Endiabrado na 1.ª parte, foi pelo seu lado que o FC Porto mais atacou, com os dragões a revelarem uma certa dependência do extremo – o que tornou as ações atacantes mais previsíveis. Porfiou, driblou, rematou, e quando parecia não haver forma de abater a pantera, saiu do seu pé esquerdo um cruzamento magnífico para Taremi faturar.
DIOGO COSTA (5) - Início de jogo tremido. Aos 18’ teve saída em falso depois de cruzamento de Malheiro, Reisinho não contava com o brinde e falhou a emenda. À meia hora, novo lance delicado, quando Agra centrou longo e a bola bateu na sua frente, para intervenção apertada. O mesmo Agra apareceu mais tarde na área num disparo defendido com segurança pelo n.º 99.
MARTIM FERNANDES (5) - Jogo competente do jovem portista. Saiu aos 59’ por razões de ordem estratégica, quando Conceição ajustou a equipa e colocou Taremi no apoio a Evanilson. Pouco depois, o Boavista marcou…
ZÉ PEDRO (7) - Quando se pensava que o abre-latas dos dragões fosse um dos criativos, eis que o central surgiu oportuno na área para fazer o 1-1, num cabeceamento de fazer inveja aos pontas-de-lança. Animado pelo golo, quase fazia o segundo num disparo cheio de efeito, com a bola a dizer olá ao esquerdo da baliza de João Gonçalves.
OTÁVIO (6) - Aos 38' corte muito arriscado, mas precioso, face a um excecional cruzamento de Malheiro. O brasileiro meteu o pé frustrando a expectativa de Bruno Lourenço. Uma tentativa de remate falhada resultou numa bela assistência para Zé Pedro, de cabeça, empatar a partida.
WENDELL (4) - À semelhança de Martim, o brasileiro foi sacrificado para a entrada de mais uma unidade de ataque, Namaso. Malheiro provocou-lhe algum desconforto na primeira meia hora. Não foi um jogo bem conseguido do lateral.
ALAN VARELA (5) – Procurou vários atalhos para escapar do forte povoamento do meio-campo, e não foi por falta de ideias ou iniciativa que o argentino não deu ao coletivo soluções para ferir o rival. Surpreendido pela entrada de Bruno Lourenço no lance do golo, não teve a melhor das abordagens.
NICO GONZÁLEZ (4) - Perdido no lance do golo do Boavista, não teve capacidade de reação para se intrometer na jogada e intercetar a bola. Andou numa espécie de montanha-russa, com ações meritórias anuladas por más decisões.
PEPÊ (6) - Assistido por Martim, tirou da frente Luís Santos com um toque em habilidade e atirou com estrondo à barra. Foi o grande momento da 1.ª parte, o único apontamento que traduziu a força dos dragões num período de certa erosão de ideias. Nunca deixou de ter produção elevada.
GALENO (5) - Recuou para lateral quando saiu Wendell, mas na parte final foi mais um a atacar e a provocar rombos na estrutura defensiva do Boavista. Faltou-lhe o essencial, pontaria, e também mais critério nos cruzamentos.
EVANILSON (6) – A nota premeia a batalha com os centrais, não tanto o acerto, que não o teve, se bem que o mérito seja mais de João Gonçalves, que deu o peito à bala disparada pelo brasileiro na parte final do jogo.
TAREMI (7) – Sem dúvida, um dos heróis do jogo, ou não tivesse sido dele o golo da vitória na despedida do iraniano do Estádio do Dragão. Está de malas feitas para Milão, mas ainda mantém compromisso total com o clube – as lágrimas nos festejos são a prova disso, se era preciso.
NAMASO (4) – O inglês teve a facilidade de aparecer na cara do guarda-redes, mas não a frieza de concretizar pelo menos duas ocasiões soberanas que teve.
ROMÁRIO BARÓ (-) – Refrescou o meio-campo.