19 outubro 2023, 13:48
Ex-Benfica e o tumor cerebral: «Tive muitos duelos aéreos e levei tantas pancadas na cabeça…»
Delibasic, que também vestiu as cores de SC Braga e Beira-Mar, foi operado com êxito e diz estar a tentar levar uma vida normal
Filho de inglês que venceu o Mundial-1966 exige mais proteção a lesões cerebrais dos jogadores
Nobby Stiles foi um dos poucos ingleses que conseguiram conquistar o Mundial com a sua seleção. Faleceu em 2020 e desde então, o seu filho, John, procura angariar apoios a doenças de ex-futebolistas causadas por impactos sucessivos na cabeça.
«Quando o meu pai morreu, doámos o seu cérebro e este estava repleto de uma doença chamada encefalopatia traumática crónica (ECT), que só é causada por vários impactos na cabeça. Por isso, sabemos que o facto de cabecear a bola matou o meu pai», explicou, em declarações à GB News.
John afirma que «já é tarde demais para salvar» o seu pai, mas que está a falar sobre este assunto agora «para conseguir ajuda para os jogadores que sofrem de ECT», mas que até ao momento, nada aconteceu.
A família de Stiles faz parte dos 19 requerentes que já tomaram ações legais contra a Associação de Futebol Inglesa, a Liga Inglesa de Futebol e o International Football Association Board, órgão responsável pela manutenção e alteração das regras do futebol, devido a lesões cerebrais alegadamente sofridas por ex-futebolistas durante as suas carreiras.
19 outubro 2023, 13:48
Delibasic, que também vestiu as cores de SC Braga e Beira-Mar, foi operado com êxito e diz estar a tentar levar uma vida normal
«Ninguém parece conhecer esta doença que matou o meu pai e estou convencido de que centenas, se não mesmo milhares, de jogadores morreram e vão morrer por causa dela e nada está a ser feito», queixa-se John, dizendo depois: «Aposto que o Harry Kane e o Kyle Walker não conhecem isto.»
Stiles diz o que quer que aconteça para auxiliar aqueles que sofrem da doença: «Eu quero que seja criado um fundo adequado para todos os jogadores que ficam com ECT por causa dos cabeceamentos da bola e para suportar os seus cuidados de saúde. E quero que os jogadores sejam informados, os atuais jogadores.»
«Penso que o futebol está a lavar as mãos. Ele sabe disto. O médico legista de Jeff Astle» - antigo jogador internacional inglês que faleceu em 2002 com 59 anos - «disse, há 20 anos, que o facto de ele ter cabeceado a bola o matou. Depois, em 2013, descobriram que Jeff tinha ECT, o mesmo que o meu pai.»
John diz que não quer «banir os cabeceamentos do futebol», apenas deseja que os responsáveis pelo mesmo tenham consciência desta doença e que tomem as ações necessárias para melhor a prevenirem.