Benfica ataca a Taça, mas alerta: «Haver um não favorito não quer dizer nada»

Filipa Patão reconhece o favoritismo das águias perante o estreante Racing Power na final da Taça de Portugal, mas mostra-se focada em confirmá-lo em campo e celebrar o pleno nas provas nacionais em 23/24

Na véspera de realizar uma final inédita no futebol português, frente ao Racing Power, o Benfica apresentou-se unido pelo objetivo de conquistar a Taça de Portugal e, por consequência, alcançar o pleno nas provas nacionais na presente temporada. Desta forma, as encarnadas começaram por realizar um lanche, em comunhão entre todo o grupo, no restaurante Luz by Chakall, localizado precisamente no Estádio da Luz, antes de rumarem ao Jamor para o treino de ambientação ao relvado.

Na antevisão à final da Taça de Portugal, a disputar este domingo entre as águias e o conjunto da Margem Sul do Tejo, estreante em finais, Filipa Patão enaltece o «momento histórico para o futebol feminino português» que esta final representará. «Sinceramente, estamos num momento histórico no futebol feminino português, independentemente do que possa acontecer. Temos o Racing Power pela primeira vez na final da Taça de Portugal - dou-lhes os parabéns por serem estreantes e uns excelentes estreantes», aplaudiu.

A equipa do Benfica sobe ao relvado do Estádio Nacional para realizar o treino de ambientação ao relvado na véspera da final da Taça de Portugal feminina. Foto: D.R.

«O Benfica também poderá aqui fazer história se ganhar a Taça de Portugal. Por isso, estaremos sem dúvida perante um momento histórico. Quanto à história do jogo, tudo depende de momentos”, avaliou a treinadora, que antecipou que a final se decidirá «nos detalhes»: «a imprevisibilidade existe em todos os jogos, independentemente de podermos ser favoritos ou não, porque onde quer que nos apresentemos, seja no campeonato, Taça da Liga ou Taça de Portugal, a imprevisibilidade pode acontecer porque é futebol», avaliou.

«Vai depender muito de pormenores, as finais são sempre assim, independentemente de poder haver uma equipa que não é favorita relativamente à outra porque não é um dito grande, mas isso não quer dizer nada”, transmitiu a técnica, aceitando o favoritismo teórico da equipa que comanda, mas salientando a importância de confirmá-lo em campo para terminar uma época de grande desgaste, mas de visível sucesso, com a conquista de Supertaça, Taça da Liga e Liga BPI.

«O que elas sempre quiseram fazer ao longo do ano foi serem cada vez melhores. Portanto, o desgaste e as dificuldades pelas quais passámos ao longo da época só nos fazem crescer, sermos mais competentes e mais competitivos. Sabemos que há sempre problemáticas e o lado negativo da balança, mas acredito mais nas coisas positivas a retirar que propriamente nas negativas e a verdade é que em todas as épocas fazemos sempre melhorar e nesta não queremos que seja exceção», apontou, confiante para o quarto título da temporada.