Benfica Benfica-Al Nassr: Análise individual e jogadores em destaque

'ÁNGEL' FOI UM 'DIABLO' À SOLTA NO ALGARVE DE RAMOS

Exibição de classe de Di María e um 'killer' de olho na baliza; Muita luta para cada lugar

Vlachodimos - Travou um pequeno diálogo com Cristiano Ronaldo aos 8’, fechando bem ao primeiro poste o remate cruzado, em boa posição.  

Bah - Alguns passes longos a rasgar linhas e decisivo no 3-0, roubando a bola em zona subida e assistindo Gonçalo Ramos.
António Silva - Capitão, deixou-se enganar por Ronaldo apenas uma vez quando o colega de Seleção fugiu à linha de fora de jogo. Autoritário como sempre.

Morato - Discreto, apanhado em contrapé no golo do Al Nassr quando a equipa estava muito descompensada.

Jurásek - Tentou dar muita profundidade ao lado esquerdo do ataque. Bom cruzamento para Rafa e um remate potente (19’) para excelente defesa do guardião adversário.  

João Neves - Um pequeno polvo em tamanho e enorme nas ações. Com ele a equipa não só roubou muitas bolas como cada desarme se transformou na primeira ação ofensiva das águias. Grande amplitude de jogo.

Kokçu - Inteligência em movimento. Cria sempre linhas de passe e com ele é a bola e o resto da equipa que corre, sempre em direção à baliza adversária.  

Neres - Mais discreto que o habitual, só teve uma oportunidade para marcar (27’), a passe de Di María, mas o remate cruzado foi parado pelo guardião.

Rafa - Desperdiçou ocasião flagrante aos 15’, na cara de Nawaf. Bom entendimento com Di María no 1-0. Jogou a partir da esquerda, num regresso a outros tempos.

Samuel Soares - Ótima mancha a impedir o golo de Cristiano Ronaldo (80’), quando o avançado português lhe surgiu na frente, isolado. Com tão poucas hipóteses para brilhar, uma única defesa vale por muitas.

João Victor - Usou a velocidade para romper linhas. Exibição positiva.

Lucas Veríssimo - Rondou a baliza adversária e esteve perto do golo (58’), num cabeceamento em resposta ao cruzamento de trivela de Ristic.

Tomás Araújo - Sem erros.

Florentino - Tem carta profissional de ladrão  de bolas. Vendo João Neves a jogar como joga, respondeu como melhor sabe.  

Chiquinho - Geriu, sem rasgo.

João Mário - Controlou os tempos de jogo. Boa relação com Schjelderup.  

Aursnes - O falso extremo do costume, abriu espaços para Ristic.

Musa - Perto do golo aos 56’, mas Nawaf defendeu.

JOGADORES EM DESTAQUE

Di María - Muito mais do que um 'cabrito'
Jogando em zona central e com uma visão de 360 graus, o argentino pôs sempre a equipa a jogar. Tomou sempre a melhor opção e soltou o génio no 1-0, na finta sobre Brozovic e na conclusão com classe, de pé direito. O cabrito a Ronaldo não foi apenas um lance circense: foi uma forma de dizer que a estrela, ontem, era ele. Até de meio-campo ia marcando.

Gonçalo Ramos - Continua o goleador de sempre

Jogou em casa. A eficácia do costume que se deve a uma leitura de jogo e capacidade de antecipação quer em relação aos defesas quer ao que os próprios colegas se preparam para fazer. Dois golos que retratam um ponta de lança em alta: bola picada à saída do guardião no primeiro, remate forte e colocado no segundo com a bola ainda no ar. Matador.
 

Schjelderup - Estreia de um lutador
Tem uma concorrência enorme pela frente mas o jovem norueguês promete muita luta. O elemento explosivo no Benfica cerebral da segunda parte, de drible fácil e imprevisível e sempre com a mira apontada à baliza. Bom entendimento com João Mário, Aursnes e Ristic, foi o autor do único golo da equipa no segundo tempo. Estreia a marcar nesta pré-época. 
 

Ristic - Ordem para disparar

A aparente titularidade de Jurásek não o intimida e cada minuto em campo é uma conquista. Foi, junto com Schjelderup, o melhor da equipa na segunda parte. Dinâmico a subir, agressivo com bola e ordem para rematar: foi assim que as águias chegaram ao 4-1, após um tiro forte que Nawaf defendeu como pôde, deixando a bola para Schjelderup encostar.